Simulação de viagem a Marte libera confinados depois de oito meses

"Astronautas" viveram em cúpula fechada para ajudar na pesquisa sobre como podemos realizar uma viagem de longa duração para o planeta

Antes que Elon Musk, Jeff Bezos e outros entusiastas do espaço possam enviar humanos para Marte com a mesma facilidade de uma entrega da Amazon Prime, precisamos descobrir como as pessoas vão se sair em um planeta estranho. Por sorte, a NASA e a Universidade do Havaí estão em cima disso, financiando várias iterações bem-sucedidas de um experimento chamado “Hawaii Space Exploration Analog and Simulation” (HI-SEAS), em que uma tripulação de “astronautas” vive em condições similares às de Marte em uma cúpula em um vulcão havaiano. No domingo (17), o quinto esforço da Hi-SEAS chegou ao fim, o que significa que uma equipe de seis “astronautas” deixou o conforto de sua bolha para cumprimentar o inferno que é a Terra no momento.

• Curiosity descobriu algo que levanta mais perguntas sobre a vida em Marte
• Marte pode ter tempestades de neve noturnas assustadoras

A tripulação entrou na cúpula em 19 de janeiro deste ano. Ao longo de sua estadia pseudomarciana, a equipe se alimentou de comida não-perecível (e alguns vegetais plantados em um laboratório) e viveu em quartos extremamente apertados (111 metros quadrados). Sendo justo, em Nova York, isso equivale a um estúdio de US$ 3 mil por mês em Williamsburg, com muita “iluminação natural”.

Imagem: Hi-SEAS

De algum jeito, os astronautas conseguiram evitar dar uma de O Senhor das Moscas e comer uns aos outros, apesar de assarem em meio aos peidos uns dos outros por oito meses. De acordo com o Space.com, os astronautas tiveram até que vestir trajes espaciais do lado de fora ao conduzirem experimentos científicos, além de realizar exercícios diários, como fariam em Marte. Ao fim da missão, a tripulação se deliciou com abacaxis e mamões. Por fim, tudo pareceu um sucesso, e outra missão da Hi-SEAS está programada para 2018.

“A viagem espacial de longo prazo é completamente possível”, disse Laura Lark, especialista de TI para essa missão do Hi-SEAS, em um vídeo sobre o experimento. “Existem certos desafios técnicos a serem superados. Certamente, há fatores humanos a serem resolvidos, isso é parte da função do Hi-SEAS. Mas acho que superar esses desafios é apenas uma questão de esforço. Somos absolutamente capazes de fazer isso.”

Esperamos que a tripulação não fique muito tentada a se arrastar para sua cúpula depois de 20 minutos de leitura das notícias. Precisamos de seu otimismo agora mais do que nunca.

[Space.com]

Imagem do topo: Hi-SEAS

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas