O tablet de US$ 70 feito para detentos é cheio de medidas de segurança

Há diversas empresas que prestam serviços para detentos nos EUA - é o caso da JPay, que oferece e-mail monitorado, visitas por vídeo e até mesmo tablets.

O sistema prisional dos EUA é enorme: 25% da população carcerária mundial está lá. Por isso, há diversas empresas que prestam serviços para os detentos – é o caso da JPay, que oferece e-mail monitorado, visitas por vídeo e até mesmo tablets.

O modelo mais recente é o JP5mini: este tablet de 4,3 polegadas permite ouvir músicas, assistir vídeos e jogar alguns joguinhos. A maior novidade é suporte a Wi-Fi, algo que algumas prisões nos EUA vêm adotando aos poucos – afinal, toda conexão precisa ser restrita e monitorada.

O tablet custa US$ 70 e pode ser adquirido pela família do detento; seus serviços são pagos também. Por exemplo, é possível enviar ou receber até seis e-mails comprando US$ 2 de créditos.

E as mensagens não são enviadas diretamente: todas as comunicações – que chegam e que saem – são monitoradas e aprovadas individualmente pelos agentes penitenciários. Nas prisões sem Wi-Fi, é preciso conectar o tablet a um quiosque especial para trocar e-mails, baixar músicas, entre outros.

Entre as medidas de segurança, o tablet roda Android com bootloader seguro, para que outro sistema não seja instalado; usa um kernel Linux “personalizado para segurança em prisões”, e tem um chip RFID. Também não há navegador web, claro, quanto menos Facebook ou WhatsApp.

O JP5mini é feito de plástico transparente para impedir que o detento esconda algo dentro dele. O tablet também é à prova de impacto e de água, e foi testado em quedas de 9 metros de altura. Ele tem um processador dual-core, 32 GB de armazenamento e bateria que dura até 35 horas de música ou 12 horas de vídeo.

Em agosto, a JPay planeja apresentar sua loja de aplicativos própria, para que os detentos possam comprar jogos e outras distrações para passar o tempo. “Nosso objetivo é ser a principal empresa de apps para consumidores nas prisões”, disse o CEO Ryan Shapiro no ano passado.

A Bloomberg já descreveu a JPay como a “Apple do sistema carcerário americano“. Ela começou oferecendo transferências de dinheiro para detentos, mas passou a vender players MP3 e download de músicas a até US$ 1,99 cada.

Há alguns anos, ela estreou seu primeiro tablet, o JP4, que vendeu mais de 60.000 unidades. Segundo o Motherboard, que testou o gadget, ele vem com algumas músicas, material educativo e dois joguinhos. Ele custa US$ 50.

[JPay via TechCrunch]

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