Terra TV lança locadora online, testamos o serviço

Enquanto os americanos se deliciam com Netflix, Hulu, e outros serviços online, nós continuamos jogados às traças, sem opções interessantes de streaming. Porém, o Terra continua na busca de novos serviços de conteúdo na nuvem no Brasil, numa cruzada quase solitária e, depois da renovação no Sonora, o portal estreou em formato beta a Terra TV Video Store, sua locadora online para aluguel e compra de filmes, seriados e musicais. Confira nossas primeiras impressões do serviço.

Enquanto os americanos se deliciam com Netflix, Hulu, e outros serviços online, nós continuamos jogados às traças, sem opções interessantes de streaming. Porém, o Terra continua na busca de novos serviços de conteúdo na nuvem no Brasil, numa cruzada quase solitária e, depois da renovação no Sonora, o portal estreou em formato beta a Terra TV Video Store, sua locadora online para aluguel e compra de filmes, seriados e musicais. Confira nossas primeiras impressões do serviço.

A primeira boa sacada do Video Store é não limitar o serviço à nuvem, algo que ainda beira o utópico no Brasil, graças a nossa internet longe do ideal. É possível assistir os filmes online ou fazer o download de um arquivo .wmv protegido por DRM. É uma solução interessante – como a sugestão de banda mínima para streaming de filmes em qualidade normal é 2MB e 5MB para filmes em HD, nem todo mundo poderá usufruir do serviço na tão sonhada nuvem de forma ideal.

No streaming, tudo funciona simples e rapidamente. Basta clicar em "Assista Agora", escolher a língua e a legenda – que pode ser editada durante a exibição – e abrir o player. O programa usado não é baseado em Flash, e sim em Silverlight e não teve dificuldades em carregar o filme com velocidade, sem socos.

O gerenciador de download também é baseado no Silverlight, da Microsoft – e, como era de se imaginar, não funciona em Mac. É preciso instalá-lo no computador, mas não se preocupe, ele é relativamente leve. É só abri-lo, colocar seu usuário e senha do Video Store e começar um download no site. Numa conexão de 30MB via fibra, o download não passou de 900kb/s, ficando numa média de 500kb/s. Como o filme baixado tinha 1,73GB (Prince of Persia na qualidade normal), foi necessário esperar bastante para assisti-lo.

Além do PC

Uma das decepções do Video Store é a falsa sensação de poder acessá-lo e usá-lo em várias plataformas. Segundo o Terra, um dos diferenciais seria o acesso via Android, iPhone ou iPad do site. Realmente, o site abre, mas apenas para visualização de trailers – YouTube? – marcar filmes como favoritos – IMDB? – ou começar downloads no PC, desde que o mesmo esteja ligado. Ou seja, ainda não é o sistema multiplataforma prometido, que vá além da tela do PC.

Por outro lado, quem tem um televisor da LG com função NetCast, que acessa sites da internet e já vem com conteúdos pré-carregados, pode usar o Video Store por meio do portal da Terra TV, que  tem parceria com a fabricante. É uma das poucas soluções para sair do computador, mas é limitado pela gama de aparelhos com o sistema.

Conteúdo e preço

Na parte de conteúdo, o site ainda é embrionário e não conta com uma coleção muito vasta de títulos. A promessa é de que os filmes recém-lançados cheguem na loja virtual ao mesmo tempo em que chega às locadoras comuns, mas não sabemos como estão as conversas com estúdios e distribuidoras. Alguns filmes mais recentes, como Prince of Persia e Toy Story 3 já estão disponíveis para streaming ou download – mas nenhum deles em HD. Aliás, apenas alguns shows aleatórios constam no cardápio da alta definição e não conseguimos entender por que a animação da Disney não está lá também.

Os preços praticados não são exatamente os ideais. No aluguel, filmes em definição padrão – leia-se com pixels visíveis na tela – saem por R$6,90, mais do que a locadora aqui do bairro. Comprar um filme também não sai muito barato: tanto Prince of Persia quanto Toy Story 3 custam R$24,90. Os DVDs físicos, com qualidade melhor, encarte, caixa e todas as questões físicas custam em média R$35. É uma diferença considerável, mas não acreditamos que seja o necessário para uma migração sensível de usuários.

No fim das contas, o Video Store é uma boa iniciativa num país que não tem nenhuma grande solução de streaming disponível. Mesmo com os problemas de conexão que enfrentamos, é preciso investir em sistemas assim, tão comuns e festejados em outros países. Mas, por enquanto, o primeiro passo do Terra é curto. É preciso ir além da boa ideia e do pioneirismo. Mesmo com promessas de mais conteúdo, o preço elevado tende a afastar o usuário comum que quer entender como funciona esse papo de nuvem e esvaziar de vez os 500GB de filmes do HD. [Video Store; valeu, Roberto Marconi!]

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