Acabaram de tornar públicos 62 vídeos de testes nucleares e publicaram no YouTube

Filmes de testes nucleares de 1945 a 1962 estão literalmente apodrecendo em instalações de armazenamento do governo dos Estados Unidos. Mas estas gravações altamente confidenciais agora estão sendo restauradas, tornadas públicas e lançadas no YouTube graças ao Laboratório Nacional Lawrence Livermore. E 62 filmes nunca vistos antes acabam de ser publicados nesta quinta-feira (15). A […]

Filmes de testes nucleares de 1945 a 1962 estão literalmente apodrecendo em instalações de armazenamento do governo dos Estados Unidos. Mas estas gravações altamente confidenciais agora estão sendo restauradas, tornadas públicas e lançadas no YouTube graças ao Laboratório Nacional Lawrence Livermore. E 62 filmes nunca vistos antes acabam de ser publicados nesta quinta-feira (15).

A primeira leva dessas filmagens de testes nucleares americanos foi lançada em março e mostrava o quão incríveis algumas dessas explosões atmosféricas podiam ser. Os Estados Unidos e a União Soviética assinaram um tratado em 1962 para parar de testar explosões nucleares acima do solo, mas a Coreia do Norte vem brincando com a ideia de fazer um teste atmosférico no futuro próximo.

E o lançamento dessas imagens não é apenas para o espetáculo público. É importante que o povo tenha acesso a filmes criados pelo governo, mas os cientistas também são capazes de fazer novos cálculos a partir dessas imagens que contribuem para o nosso entendimento de várias coisas, do armazenamento de materiais nucleares a como eles podem ser usados em guerra.

Os filmes incluem testes nucleares impressionantes da Operação Hardtack (1958), Operação Teapot (1955), Operação Redwing (1956), Operação Dominic (1962), entre outras.

“Recebemos muita demanda por esses vídeos, e o público tem o direito de ver essas imagens”, disse em comunicado Gregg Spriggs, físico de armas nucleares que está liderando o projeto de preservação dos filmes. “Não apenas estamos preservando a história, mas estamos recebendo respostas muito mais consistentes com nossos cálculos.”

Spriggs e sua equipe estão em uma corrida contra o tempo para digitalizar os filmes que estão deteriorando em uma taxa rápida, mas estão trabalhando duro e aprendendo bastante.

“Faz 25 anos do último teste nuclear, e simulações de computador se tornaram nosso campo de teste virtual. Mas essas simulações são apenas tão boas quanto os dados em que são baseadas”, afirmou Spriggs. “Dados precisos são o que nos permite garantir que a estocagem permaneça segura e efetiva sem ter que voltar aos testes.”

O Laboratório Nacional Lawrence Livermore tem pelo menos mais dois anos de trabalho a fazer, mas vão continuar lançando os filmes em grandes levas como essa de quinta-feira. Esperamos não ver uma nova explosão nuclear atmosférica (de teste ou não) antes que eles terminem seu projeto de preservação.

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