A TIM vai oferecer ligações por Messenger e WhatsApp sem gastar a franquia de dados

Boa parte das operadoras aderiu ao esquema de chamadas ilimitadas. Agora, a TIM quer mudar um pouco esse cenário ao oferecer ligações via Facebook Messenger e WhatsApp sem gastar a franquia de dados para todos os seus planos — a exceção é o TIM Controle Light. • TIM oferece opção de internet monstruosa de 2 […]

Boa parte das operadoras aderiu ao esquema de chamadas ilimitadas. Agora, a TIM quer mudar um pouco esse cenário ao oferecer ligações via Facebook Messenger e WhatsApp sem gastar a franquia de dados para todos os seus planos — a exceção é o TIM Controle Light.

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De acordo com a operadora, as mudanças vão começar a chegar nesta quinta-feira (3) para clientes Tim Black (pós pagos) e Controle. Já clientes pré poderão usar as chamadas nos comunicadores a partir de 15 de maio. Em todos esses casos, não terá nenhum tipo de reajuste de preço com essa nova funcionalidade de ligação de voz pela internet. Além disso, a companhia falou que a medida deve ser estendida, em breve, para o Telegram.

Se a ligação é pela internet, qual é o modelo de negócio?

A adoção desse tipo de plano, segundo a TIM, tem relação com a necessidade dos clientes. “Nenhuma operadora conseguiu emplacar o MMS [sistema de mensagens no qual os clientes poderiam mandar fotos e vídeos uns para os outros]. Tivemos de entender quando um parceiro vai nos ajudar a alavancar o crescimento”, explicou Pietro Labriola, chefe de operações da TIM Brasil, ao explicar a adoção dos serviços de mensagens, que estão entre os mais usados entre os brasileiros.

“Hoje todas as operadoras têm ligações ilimitadas. Porém, para cada ligação que faço para outra operadora, tenho que pagar uma quantia. Fazendo isso via VoIP, tenho economia nesse custo”, justificou.

Pietro Labriola, COO da TIM Brasil, durante evento realizado em São Paulo. Crédito: Divulgação

Mais parcerias com aplicativos

Além do Facebook Messenger e do WhatsApp, a TIM também apresentou parcerias com outros apps relevantes que vão passar a funcionar sem consumo de franquia em determinados planos.

A companhia separou as aplicações por pacotes. O de redes sociais é composto por Facebook, Twitter e Instagram. Enquanto o de mobilidade compreende o Waze e o Easy.

Sobre o pacote de redes sociais, ele estará disponível em todos os planos pós. No entanto, usuários Pré e Controle poderão contratar pacotes avulsos. Para ter acesso ilimitado por sete dias, será cobrado R$ 10; enquanto o acesso por um mês será de R$ 20. Em planos Controle, o acesso por sete dias é de R$ 8, e o mensal, R$ 20. Nele, o usuário pode navegar tranquilamente pelos apps, inclusive ver transmissões ao vivo no Facebook (não se aplica para transmissões ao vivo no Instagram). Só é consumido plano quando o usuário deixar a plataforma — por exemplo, ao clicar em um link de notícia.

Já o de mobilidade estará disponível a partir do plano Tim Controle B (R$ 54,99/mês) e estará presente em todos os pós.

Por fim, tem ainda a parte de vídeos. Já há um tempo, a TIM dobra a franquia de planos pós para quem usa apps de vídeo como Netflix, EI Plus, Cartoon Network e Looke. Agora, o YouTube também fará parte do rol de parceiros da operadora.

O detalhamento completo dos planos da operadora pode ser conferido abaixo:

Ué, mas e a neutralidade de rede?

Lembra do Marco Civil e da história de neutralidade de rede? Então, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), segundo informa o Mobile Time, decidiu no ano passado que o “zero rating”, outro nome para usar um app sem gastar a franquia de dados, não viola a neutralidade de rede.

O conceito de neutralidade de rede, para quem não se lembra, tem relação com equanimidade do tráfego de dados pela rede. Em um cenário ideal, isso quer dizer que não deveria ter esse tipo de relacionamento entre as empresas, no caso operadoras e desenvolvedoras de apps.

Quem defende a neutralidade de rede defende que esse tipo de ação pode acabar minando o surgimento de novos apps, uma vez que grandes empresas podem estabelecer parcerias com teles e manter ainda mais a sua supremacia sobre seus concorrentes.

A discussão no Cade foi gerada no ano passado após o Ministério Público entrar com uma ação contras as operadoras, argumentando que a prática feria o Marco Civil e poderia ser ruim para um cenário de competição. No entanto, o órgão antitruste, em sua decisão, disse que “não há, no presente caso, indícios de que as práticas denunciadas sejam capazes de gerar efeitos anticompetitivos nos mercados em questão que justifiquem a instauração de processo administrativo”.

Imagem do topo por Divulgação

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