O mistério de sumiços no Triângulo das Bermudas pode ter sido desvendado por cientistas

O Triângulo das Bermudas é um pedacinho do mundo também conhecido como Triângulo do Diabo – trata-se de uma faixa de água entre a ponta sul da Flórida e Porto Rico, nos EUA, e as ilhas Bermudas ao norte. A região ficou conhecida dessa forma por causa do número de naufrágios e sumiços de navios […]

O Triângulo das Bermudas é um pedacinho do mundo também conhecido como Triângulo do Diabo – trata-se de uma faixa de água entre a ponta sul da Flórida e Porto Rico, nos EUA, e as ilhas Bermudas ao norte. A região ficou conhecida dessa forma por causa do número de naufrágios e sumiços de navios e aviões por ali.

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Apesar da atenção que a região ganhou, o Triângulo das Bermudas é uma espécie de mito. Não há organização científica que reconheça a alcunha e estatísticas mostram que não existe uma probabilidade maior de acontecer catástrofes na área.

Como os relatos são muitos e as histórias mal explicadas, há quem pesquise a região. Um documentário do Channel 5, o The Bermuda Triangle Enigma, entrevistou o oceanógrafo Simon Boxall, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, que liderou um novo estudo sobre o tema.

Triângulo das Bermudas. Imagem: Wikimedia

Segundo o especialista, a região é propensa às tempestades que podem gerar ondas enormes, chamadas de vagalhão. Esse tipo de onda é raro e foi observado pela primeira vez em 1995, quando uma onda de 18,5 metros foi medida por satélites no Mar do Norte. Ela ficou conhecida como Onda Draupner.

Essas ondas se formam em alto-mar de maneira aleatória, são bastante imprevisíveis e podem chegar até 30 metros de altura, o que facilmente afundaria um barco. Isso foi comprovado durante testes realizados com réplicas do USS Cyclops, um navio que desapareceu na área no início do século 20.

Existem duas possibilidades para a formação de vagalhões. Uma delas é o choque de cristas de ondas individuais que vão se reforçando por meio de um fenômeno conhecido por interferência construtiva. Outra forma é a concentração de ondas em correntes de água submersas.

Vale notar que o projeto original do Cyclops o tornava vulnerável a tombar no mar. Não só ele, como diversos outros navios do século 20. Mas ainda assim, é uma teoria que tem um método mais sólido do que outras possíveis explicações para o mistério do desaparecimento de navios no Triângulo de Bermudas.

[VICE, IFLScience]

Imagem do topo: NeuPaddy/Pixabay

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