As TVs de pontos quânticos da Samsung devem chegar ao mercado brasileiro em julho

Samsung prepara a chegada de TVs de pontos quânticos no mercado brasileiro; tecnologia promete muito mais brilho e durabilidade comparado com aparelhos Oled.

No início do ano, nós vimos de perto as TVs 4K da Samsung de pontos quânticos, durante a CES 2016. Agora, a fabricante sul-coreana está preparando a chegada dos modelos para o mercado brasileiro, e a estreia deve ocorrer ainda em julho — pouco antes do início das Olimpíadas — e de forma gradual.

Em um evento para a imprensa, a Samsung, basicamente, mostrou alguns modelos — todos cobertos e sem exibição de marca — e não deu nem noção de preço ou especificações. A ideia foi explicar um pouco qual é a da última tecnologia em displays de TV.

>>> Vendo de perto a incrível tecnologia de pontos quânticos nas TVs da Samsung

Para quem não conhece, a tecnologia de pontos quânticos é uma evolução comparada com os modelos Oleds. Os aparelhos com displays de pontos quânticos (quantum dot, do inglês) contam com nanopartículas que representam de forma muito fiel cada uma das cores primárias (vermelho, verde e azul), o que permite exibir imagens com brilho muito alto, chegando aos 1.00o nits (unidade de brilho)— TVs Oleds têm em média 500 nits.

Combinando uma tela de 10 bits com os pontos quânticos, a Samsung diz que suas TVs 4K conseguem reproduzir uma gama de até 1 bilhão de cores.

Essa definição, ainda de acordo com a empresa sul-coreana, permite que os aparelhos consigam reproduzir com alta fidelidade imagens filmadas em 4K HDR, o novo padrão de filmagem para indústria e que também está presente em tocadores Blu-ray.

Na prática, comparado com uma TV Oled, as imagens ficam com cores vivas, super nítidas (mesmo em imagens captadas no escuro, pois as filmagens em HDR acabam compensando a falta ou excesso de luz) e com muito brilho. Além disso, por não dependerem de um gás orgânico, esses aparelhos com pontos quânticos durarão mais tempo.

A plataforma de smartTV dos modelos com pontos quânticos também será reformulada. Acabou aquela história de ficar navegando pelas portas da TV para saber o que está conectado nela. Os aparelhos vão reconhecer os dispositivos automaticamente (ela saberá, por exemplo, se haverá um Xbox One conectado na porta HDMI 1 e uma Apple TV na porta HDMI 2). Apps como Netflix e YouTube passarão a exibir conteúdos recentemente vistos ou recomendações, tudo isso sem a necessidade de abrir o programa.

A tecnologia de tela exibida pela Samsung é impressionante. No entanto, imagino, deve esbarrar em alguns problemas — e nem estou especulando sobre o preço, que, provavelmente, vai ser astronômico.

A primeira questão tem relação com conteúdo. Durante a conversa com a imprensa, a própria companhia reconheceu que dispositivos Blu-Ray não pegaram no Brasil como reprodutores de mídias físicas. Se o Blu-Ray convencional não vingou por aqui, a venda de dispositivos Blu-Ray 4K também não deve decolar. A fabricante, então, aposta localmente em streaming. Sabemos que o Netflix já tem alguns títulos disponíveis. Porém, existe o risco de ser uma funcionalidade bem limitada com as operadoras considerando estabelecer franquias de banda larga fixa.

Outro ponto diz respeito ao fluxo de troca de TV. A substituição de dispositivos costuma demorar bem em aparelhos desta categoria. Em média, uma pessoa muda de TV a cada cinco anos — consumidores mais pragmáticos, imagino, só trocam depois que quebrarem, sobretudo agora que há dispositivos que conectam TVs à internet, como o Chromecast e afins.

De qualquer jeito, os novos aparelhos flagships da companhia devem agradar aos endinheirados e aficionados por alta tecnologia de imagem. Definitivamente, este não é o meu caso.

Imagem do topo por Felipe Ventura, tirada durante a CES 2016. 

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