Twitter afirma que vai reprimir tweets encorajando outras pessoas a se machucarem

O Twitter, a rede social melhor conhecida por ignorar seu problema de abuso online até que ele se desenrolasse em uma completa vitória presidencial, tem tentado mudar sua imagem recentemente. O site tirou os símbolos de contas verificadas de usuários de extrema direita e supremacistas brancos e baniu outros, assim como lançou o que chama […]

O Twitter, a rede social melhor conhecida por ignorar seu problema de abuso online até que ele se desenrolasse em uma completa vitória presidencial, tem tentado mudar sua imagem recentemente. O site tirou os símbolos de contas verificadas de usuários de extrema direita e supremacistas brancos e baniu outros, assim como lançou o que chama de uma aplicação mais rigorosas de suas regras contra abuso e assédios sexuais e raciais, além de ameaças de violência.

Na segunda-feira (12), o departamento de moderação da empresa tweetou que agora vai responder a denúncias de usuários dizendo a outros para cometer atos autoinfligidos ou de automutilação — algo que sempre deveria ter sido contra as regras, mas que, historicamente, foi tão pouco combatido pela equipe do Twitter que a frase “se mata” se tornou um dos bordões mais antigos do site (sério, todo mundo, de jogadores do Pittsburgh Steelers a psicólogos escolares, passando pela vencedora do RuPaul’s Drag Race Tyra Sanchez, já se envolveu em problemas por causa disso).

“Enquanto continuamos a oferecer recursos a pessoas que estão tendo pensamentos de autoagressão, é contra nossas regras encorajar outras pessoas a machucarem a si próprias”, escreveu a conta Twitter Safety. “A partir de hoje, você pode denunciar um perfil, tweet ou mensagem direta por esse tipo de conteúdo.”

Isso é, obviamente, uma melhoria — o assunto não é piada, e a ligação entre cyberbullying, redes sociais e automutilação é levada muito a sério por profissionais de saúde mental —, embora valha a pena considerar se uma abordagem mais proativa poderia ter evitado que isso se tornasse um problema tão grande no site em primeiro lugar. Como o Establishment apontou em 2016, o cyberbullying é desproporcionalmente direcionado a mulheres, minorias étnicas e pessoas LGBTQ, particularmente os mais jovens, e o Twitter tem um péssimo histórico na tentativa (ou falta dela) de tornar o site menos hostil a essas comunidades. A rede social, repetidamente, prometeu reprimir abuso no passado, mas fracassou, e sua equipe de moderação parece continuamente suscetível a ser influenciada por trolls de má fé.

Se você tem problemas com pensamentos suicidas, por favor ligue para o Centro de Valorização da Vida: 141

Imagem do topo: AP

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