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Uber pagou US$ 100 mil a hackers para esconder vazamento de 57 milhões de contas

Hackers acessaram dados de 57 milhões de usuários do Uber, tanto de passageiros quanto de motoristas, no final de 2016. Entre as informações estavam emails, números de telefone e números de licença de direção dos motoristas. Em vez de revelar o vazamento para o público, o Uber pagou US$ 100 mil para os hackers em […]

Hackers acessaram dados de 57 milhões de usuários do Uber, tanto de passageiros quanto de motoristas, no final de 2016. Entre as informações estavam emails, números de telefone e números de licença de direção dos motoristas. Em vez de revelar o vazamento para o público, o Uber pagou US$ 100 mil para os hackers em troca de seu silêncio. O pagamento secreto, no final das contas, custou o emprego de muitos dos executivos de segurança da companhia.

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Joe Sullivan, chefe de segurança do Uber, e Craig Clark, advogado que o representa, foram demitidos pela forma como lidaram com o incidente, de acordo com a Bloomberg. Sullivan tinha trabalhado no Facebook antes de se juntar ao Uber em 2015 e levou os créditos por ajustar a segurança do Uber enquanto a empresa crescia.

Os hackers foram capazes de acessar os dados dos usuários a partir de uma conta da Amazon Web Services e conseguiram raspar nomes e endereços de emails de milhões de usuários. O vazamento também incluiu 600 mil números de licença de direção dos EUA. Nenhum número de segurança social ou informações sobre localização foram roubados, e os hackers concordaram em apagar os dados em troca do pagamento – embora não esteja claro como Sullivan e o Uber verificaram que os hackers cumpriram com sua palavra.

“Você deve estar se perguntar por que estamos falando sobre isso agora, um ano depois. Eu me fiz a mesma pergunta, por isso pedi imediatamente por uma investigação minuciosa do que aconteceu e como lidamos com isso”, disse o novo CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, em um comunicado.

Na tentativa de corrigir as coisas, o Uber está oferecendo aos motoristas monitoramento gratuito de crédito e proteção contra roubo de identidade, além de notificar as autoridades de regulamentação. Na época do incidente, em 2016, o Uber estava negociando com a Federal Trade Commission problemas relacionados com um vazamento ocorrido em 2014.

“Nada disso deveria ter acontecido, e eu não darei desculpas para o caso. Embora eu não possa apagar o passado, eu posso me comprometer em nome de todos os funcionários do Uber que aprenderão com nossos erros. Estamos mudando a forma como fazemos negócios, colocando a integridade como centro de cada decisão que tomamos e estamos trabalhando duro para ganhar a confiança dos nossos consumidores”, acrescentou Khosrowshahi.

O Uber diz que os motoristas não precisam tomar nenhuma ação e que está monitorando as contas afetadas por atividades fraudulentas.

[Uber via Bloomberg]

Imagem do topo: Getty

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