Depois de nove anos e bilhões de corridas, o Uber finalmente vai levar segurança a sério

Nessa quinta-feira (12), o CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou que a companhia de caronas irá adotar uma série de medidas de seguranças para proteger tantos os seus consumidores quanto os seus motoristas. Esta é certamente uma positiva e mais do que necessária ação de uma companhia que resistiu em introduzir estas funções apesar de […]

Nessa quinta-feira (12), o CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou que a companhia de caronas irá adotar uma série de medidas de seguranças para proteger tantos os seus consumidores quanto os seus motoristas. Esta é certamente uma positiva e mais do que necessária ação de uma companhia que resistiu em introduzir estas funções apesar de ter um passado por diversos casos de abuso sexual e assassinatos.

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Em um uma publicação no blog da companhia, Khosrowshahi afirma que o app do Uber em breve contará com um botão de pânico. Usuários poderão clicar em um botão de emergência dentro do aplicativo que o conectará com a equipe de emergência.

Os usuários poderão então enviar a própria localização em tempo real para um operador do serviço. Os motoristas também terão acesso a esta nova função (Inclusive, em um perfil de Frances Frei, ex-executivo do Uber, para a edição da Cosmopolitan de agosto do ano passado, foi dito que a companhia “trabalhava em sensores que melhorariam a segurança”. Quando o Gizmodo perguntou para o Uber sobre estas melhorias, a empresa afirmou que a afirmação era incorreta, e a Cosmopolitan depois emitiu uma correção).

Além do botão de pânico em tempo real, Khosrowshahi também disse que a companhia lançará um Centro de Segurança dedicado que incluirá “dicas para corridas em parcerias com oficiais de segurança, processo de avaliação do motorista, seguros e diretrizes da comunidade”. Ademais, usuários poderão escolher cinco “Contatos de Confiança”, ou pessoas que eles possam facilmente compartilhar detalhes de sua viagem.

A companhia também ampliará o processo de avaliação. Ela conduzirá checagens anuais dos antecedentes crimininais em todas as jurisdições além de receber notificações toda vez que um motorista se envolver em uma infração criminal. “Nós investigaremos e verificaremos qualquer potencial informação desqualificadora dos registros públicos, como uma nova ou pendente acusação, para garantir que o motorista continue elegível para utilizar o Uber”, escreveu Khosrowshahi.

O CEO não menciona, no entanto, sobre os planos de executar checagens de antecedentes por meio de impressões digitais, que algumas cidades dos EUA pedem que as companhias de caronas façam.

Khosrowshahi adiciona que o antigo Secretário de Segurança Nacional dos EUA, Jeh Johnson, se juntará ao Conselho de Segurança da companhia como o primeiro presidente do conselho, que foi formado em 2015.

É ótimo ver o Uber “levando segurança a sério”, como Khosrowshahi escreveu na publicação, e as funções e atualizações mencionadas realmente indicam que o Uber está levando isso a sério. No entanto, é possível argumentar que uma companhia cujo negócio é transportar as pessoas deveria ter levado segurança a sério desde o princípio.

Procurado pelo Gizmodo Brasil, o Uber nos disse que “o novo aplicativo está sendo gradativamente introduzido para motoristas parceiros ao redor do mundo, em um processo que deve se encerrar nos próximos meses. Este processo nos permite garantir uma transição tranquila e gradual, definindo as funcionalidades mais adequadas para a realidade dos motoristas parceiros do Brasil. Faremos um anúncio oficial no momento adequado”.

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