Uma universidade médica japonesa vem prejudicando os exames de admissão de mulheres há anos

Uma das principais universidades médicas do Japão queria mais estudantes do sexo masculino. Então, de acordo com relatos, ela esteve rebaixando as pontuações dos testes feitos por mulheres por anos. A escola é a Universidade Médica de Tóquio. Ela “reduziu ‘sistematicamente’ as notas de vestibulandas femininas” entre 10% e 20% desde 2010, de acordo com […]

Uma das principais universidades médicas do Japão queria mais estudantes do sexo masculino. Então, de acordo com relatos, ela esteve rebaixando as pontuações dos testes feitos por mulheres por anos.

A escola é a Universidade Médica de Tóquio. Ela “reduziu ‘sistematicamente’ as notas de vestibulandas femininas” entre 10% e 20% desde 2010, de acordo com o jornal Asahi Shimbun.

“Muitas estudantes mulheres que se graduaram acabam deixando a prática médica para ter filhos e cuidar das crianças”, uma fonte disse à publicação, descrevendo a motivação por trás da prática da escola. “Havia uma compreensão silenciosa” de que, restringindo as notas das mulheres, o número de estudantes homens iria aumentar, o que seria “uma forma de resolver a falta de médicos”.

Um funcionário da universidade caracterizou as alterações como um “mal necessário” e um “consenso silencioso”, segundo o Yomiuri Shimbun. A fonte também disse que havia uma crença disseminada no departamento cirúrgico de que “três mulheres seriam equivalentes a um homem”.

A escola começou a praticar essa redução sistemática depois de um grande crescimento no sucesso das vestibulandas mulheres, para 40% em 2010. Fontes dizem que isso foi feito automaticamente, aplicando um certo coeficiente a todas as notas. A meta era garantir que somente 30% ou menos das salas fossem compostas por mulheres, de acordo com o canal NPR. Este ano, 30 mulheres e 141 homens foram aceitos pela universidade privada.

Dezenas de manifestantes protestaram do lado de fora da universidade na sexta, diz a Associated Press. Os cartazes incluíam mensagens como “Lute contra os exames de admissão sexistas!” e “Vocês esmagaram os esforços e vidas de mulheres que confiaram e escolheram a escola.”

Já existe uma investigação em curso na escola por causa de acusações de propina envolvendo um estudante e seu pai, funcionário do ministério da educação, reporta a Reuters. O porta-voz da universidade, Fumio Azuma, disse que “obviamente” a escola vai incluir um inquérito sobre as reduções de notas de exames como parte da investigação que já está em curso.

Imagem do topo: Getty

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