O vazamento radioativo de Fukushima é mais grave do que o previsto

A agência nuclear japonesa quer aumentar o nível de gravidade do novo vazamento de água radioativa em Fukushima. O problema é muito maior do que o inicialmente esperado. O incidente – vazamentos recém-descobertos de água radioativa – foi inicialmente classificado como um incidente nível um na Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos, o que […]

A agência nuclear japonesa quer aumentar o nível de gravidade do novo vazamento de água radioativa em Fukushima. O problema é muito maior do que o inicialmente esperado.

O incidente – vazamentos recém-descobertos de água radioativa – foi inicialmente classificado como um incidente nível um na Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos, o que o considerava uma “anomalia”. Agora, segundo a BBC, eles querem aumentar para o nível três – o que faz dele um “incidente sério”. Pode não parecer uma mudança muito grande, até você perceber que a gravidade de um evento é 10 vezes maior a cada aumento de nível. Então ele é 100 vezes pior do que o esperado.

Na verdade, dentro da escala de sete pontos, o nível três é o mais sério de todos. Os outros, do quatro ao sete, são reservados para acidentes, e apenas dois até hoje chegaram ao nível máximo: os vazamentos iniciais em Chernobyl e Fukushima.

Os problemas atuais em Fukushima são resultado de níveis de radiação detectados em poças que cercam o local. Mais de 300 toneladas de água radioativa cercam a usina abandonada, e uma das poças contaminadas emite 100 milisieverts por hora. Isso é bem sério, como Masayuki Ono explicou à Reuters:

“Cem milisieverts por hora é o equivalente ao limite de exposição acumulado ao longo de cinco anos de trabalhadores nucleares, então podemos dizer que encontramos um nível de radiação nuclear forte o suficiente para dar a alguém uma dose de cinco anos de radiação em apenas uma hora.”

Equipes de terra agora tentam conter o fluxo de vazamento de tanques com sacos de areia, e sugar as poças que estão sendo formadas. É um trabalho lento, no entanto, com os trabalhadores em rodízio para evitar exposição excessiva à radiação – o que significa que muita água já desapareceu no solo.  [BBC]

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