Este peixe que “anda” fora d’água ajuda a explicar a evolução das espécies

Há centenas de milhões de anos, os peixes saíram da água e acabaram evoluindo para se tornar animais terrestres. E se pudéssemos ver isso acontecendo?

Sabemos que, há centenas de milhões de anos, os peixes saíram da água e acabaram evoluindo para se tornar animais terrestres. Mas e se pudéssemos ver isso acontecendo agora mesmo?

É mais ou menos o que temos aqui: cientistas criaram peixes para sobreviver fora d’água e andar na terra – e eles mudaram visivelmente.

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A revista Nature publicou um estudo mostrando o bichir-de-senegal (também chamado de enguia dinossauro) sendo criado por oito meses em solo firme.

O Polypterus senegalus normalmente vive na água, mas tem pulmões (e guelras) para respirar ar, e pode mais ou menos andar – na verdade, ele consegue pisar e deslizar – tornando-o perfeito para um estudo como este.

A ideia é que, ao compreender como o bichir-de-senegal começa a andar, podemos entender melhor como o primeiro peixe andou há milhões de anos.

E os resultados foram bem interessantes: os peixes criados em solo firme mantêm a cabeça mais elevada, firmam melhor suas barbatanas no chão, escorregam menos e caminham de forma mais consistente que os peixes criados normalmente em água. O ambiente em que viviam mudou suas habilidades.

Além disso, os cientistas da Universidade McGill (Canadá) descobriram que os músculos e os ossos dos peixes criados em solo firme também mudaram, à medida que eles se adaptaram a andar. Ou seja, a anatomia é tão flexível quanto seu comportamento. Os pesquisadores dizem que essas alterações são semelhantes às espécies que se mudaram da água para a terra há milhões de anos. [Nature]

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