Wikipédia na TV leva conhecimento a quem não tem computador por apenas US$20

Braddock Gaskill teve uma ideia genial: usar tecnologia 8-bit para levar a maior enciclopédia do mundo aos televisores de países subdesenvolvidos, por apenas US$20. A Wikipédia é uma ótima forma de se iniciar uma pesquisa, como diz seu fundador Jimmy Wales. E, segundo a última pesquisa do IBGE, enquanto 95% dos lares brasileiros tinham televisão, menos de um terço tinha computador - então faz bastante sentido levar um pedaço da internet para a TV.

Braddock Gaskill teve uma ideia genial: usar tecnologia 8-bit para levar a maior enciclopédia do mundo aos televisores de países subdesenvolvidos, por apenas US$20. A Wikipédia é uma ótima forma de se iniciar uma pesquisa, como diz seu fundador Jimmy Wales. E, segundo a última pesquisa do IBGE, enquanto 95% dos lares brasileiros tinham televisão, menos de um terço tinha computador – então faz bastante sentido levar um pedaço da internet para a TV.

O Humane Reader é esta caixinha verde aí de cima, que não requer computador nem internet nem teclado – basta conectá-la com cabo RCA à televisão, e você navega na Wikipédia, provavelmente por controle remoto. As informações ficam armazenadas em um cartão de memória, que pode guardar de uma vez vários idiomas da enciclopédia, segundo Gaskill. Ele diz que, se produzir 10.000 unidades, consegue vender cada uma a US$20, e pretende vendê-las para ONGs, educadores e organizações humanitárias.

Para manter o custo bem baixo, Gaskill usa tecnologia 8-bit no Humane Reader. Um projeto semelhante, o Playpower, conecta-se à TV, vem com teclado e controle e custa apenas US$12. O segredo? Ele usa um processador 8-bit famoso na década de 70. Se os dois projetos terão desempenho satisfatório, não sei, mas a iniciativa é válida.

Projetos semelhantes tiveram diferentes graus de sucesso. O Wikireader é um leitor offline para a Wikipédia, mas custa US$99 – caro demais para projetos humanitários, e sem utilidade para o público em geral. O projeto One Laptop Per Child pretendia vender laptops a US$100, mas hoje os vende por mais de US$200; no entanto, já vendeu mais de 1,6 milhões de unidades ao redor do mundo. A Intel tem um projeto parecido, o Classmate PC, mais potente mas que custa mais que o OLPC. Recentemente, o governo indiano anunciou um projeto de tablet que custa US$35 – e a Intel e a OLPC também querem fazer tablets.

Enquanto isso, no Brasil, temos o programa Um Computador por Aluno (ProUCA): ele começou em 2008, e deve distribuir 150 mil laptops até o fim do ano. Recentemente, depois de regulamentar o programa, o governo deve entregar mais 1,2 milhão de laptops, a um custo estimado de R$550 cada. [Humane Informatics via Wired via GizMag; imagem viavaleu Mauro!]

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