Estes YouTubers vão para a cadeia por aterrorizar o público

Trollstation, um canal inglês de pegadinhas, pegou pesado demais nas brincadeiras e seus membros vão passar um tempo atrás das grades.

Danh Van Le é uma estrela do YouTube cujo vídeo viral mais recente fez ele se tornar uma ameaça à sociedade. No dia 5 de julho de 2015, Van Le e alguns dos seus colegas gravaram alguns vídeos de ataques falsos a museus em duas galerias diferentes em Londres para seu canal no YouTube chamado Trollstation.

Uma mulher teria desmaiado enquanto os espectadores corriam do local. Hoje os tribunais da Inglaterra não estavam rindo do acontecido e sentenciaram Van Le a 12 semanas de prisão, enquanto os outros quatro membros do Trollstation vão passar até 20 semanas atrás das grades por duas acusações de “intenção de causar medo” e “provocação de violência ilegal.”

Van Le já havia sido condenado a 24 semanas de prisão em março por uma outra pegadinha envolvendo uma bomba falsa gravada em setembro do ano passado (no vídeo abaixo do Metro UK). A pegadinha foi supostamente inspirada por Ahmed Mohamed, um adolescente de 14 anos que foi detido depois que seus professores pensaram que um relógio caseiro feito por ele era uma bomba. Ao todo, Van Le vai passar quase 9 meses preso.

Com 718 mil assinantes e quase 200 milhões de visualizações, o Trollstation se considera o canal número um de pegadinha no Reino Unido. Com esses milhões de espectadores, o Trollstation deve ter conseguido uma boa grana usando a receita mágica de publicidade no YouTube. Mas desde a prisão de Van Le em março, o canal está sem atualização. Eles dizem que estão “reavaliando” a abordagem e como usar a “grande influência” positivamente, de acordo com a BBC. No entanto, a conta deles no Twitter adotou um tom um pouco mais desafiador.

O YouTube não faz muito para inibir esse tipo de canal. O site até fez o popular Prank vs Prank – que tem muito mais assinantes do que o Trollstation, com mais de 10 milhões – uma série original do YouTube Red. Não está claro qual papel o YouTube tem nessa história, se é que tem, considerando que é de certa forma o responsável por pagar as contas desses vídeos. Questionado, o YouTube disse que não comentaria o assunto.

Apesar do Trollstation não estar oficialmente relacionado ao YouTube de forma alguma, há muito dinheiro a ser ganho se as suas pegadinhas puderem superar a concorrência – e tem muita concorrência disso no YouTube. Mas essa sequência de pegadinhas cada vez maiores em um país já em alerta contra atividades terroristas cria um cenário bem ruim em que crimes são cometidos em nome dos cliques.

[Metro via The Guardian]

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