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Um a cada quatro americanos excluiu o aplicativo do Facebook, segundo pesquisa

No último ano, muitos americanos cansaram do Facebook, à medida que mais pessoas se dão conta do papel tóxico que a plataforma pode desempenhar em suas vidas. Uma nova pesquisa do Pew Research Center mostra que uma grande porcentagem da população dos Estados Unidos tirou férias prolongadas da rede social no último ano, com 26% […]

No último ano, muitos americanos cansaram do Facebook, à medida que mais pessoas se dão conta do papel tóxico que a plataforma pode desempenhar em suas vidas. Uma nova pesquisa do Pew Research Center mostra que uma grande porcentagem da população dos Estados Unidos tirou férias prolongadas da rede social no último ano, com 26% dos americanos dizendo que excluíram completamente o aplicativo de seus smartphones.

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O Facebook — uma plataforma que, recentemente, a Organização das Nações Unidas descobriu ser cúmplice do genocídio em Mianmar — sofreu críticas no ano passado por suas condutas temerosas com dados pessoais e pelo auxílio indireto ao presidente Donald Trump a ser eleito nos EUA por meio da falha em tratar seu problema de disseminação de notícias falsas na plataforma. A diretora operacional da rede social,  Sheryl Sandberg, inclusive apareceu no Capitólio nesta quarta-feira (5) para responder a questionamentos sobre a maneira como a empresa lida com conteúdo político.

A nova pesquisa do Pew Research Center não encontrou nenhuma correlação entre as visões políticas de alguém e sua vontade de dar um tempo do Facebook. Democratas e republicanos estão ambos diminuindo seu uso da rede social, com 42% dos americanos dizendo que pararam de usar o Facebook “por várias semanas ou mais” durante o último ano.

Houve, entretanto, uma grande diferença em como as pessoas reagiram à plataforma de acordo com sua idade. Incríveis 44% dos usuários entre 18 e 29 anos dizem ter deletado o app do Facebook de seus smartphones, enquanto apenas 12% dos usuários com mais de 65 anos relataram ter feito o mesmo.

A maioria dos usuários americanos também relataram ter mudado suas configurações de privacidade no ano passado, com 54% trancando suas contas recentemente. Mas também houve uma grande diferença de idade nesta categoria de questões. Aproximadamente 64% dos usuários mais jovens (18-29) mudaram suas opções de privacidade no ano passado, enquanto apenas um terço daqueles com mais de 65 anos tornaram suas contas mais privadas depois dos vários escândalos do Facebook.

Alguns conservadores nos EUA pediram que o Facebook fosse regulado, já que eles alegam que a plataforma de rede social discrimina suas visões. Mas essa posição não se baseia em fatos. Se há algum viés, os conservadores e os eleitores de Trump possivelmente foram os que mais se beneficiaram da fraca relação do Facebook com os fatos e da possibilidade do usuário médio do site de usar a plataforma para espalhar teorias da conspiração malucas que, às vezes, chegam ao noticiário principal.

O Gizmodo entrou em contato com o Facebook, perguntando qual motivo eles acreditam estar por trás da onda de jovens excluindo o app da empresa de seus smartphones e se isso tinha algo a ver com a cumplicidade do Facebook com o genocídio em Mianmar, entre outras coisas. Atualizaremos esta publicação se obtivermos uma resposta.

[Pew Research]

Imagem do topo: Getty

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