100 dias de guerra na Ucrânia: como a alta tecnologia acabou com as mentiras

Satélites, drones e smartphones estão ajudando a revelar uma nova visão - em tempo real - da Guerra na Ucrânia
100 dias de guerra na Ucrânia: como a alta tecnologia acabou com as mentiras

A guerra na Ucrânia completou 100 dias nesta sexta-feira (3). A invasão russa – comandada pelo presidente Vladimir Putin – não apenas gerou milhões de refugiados e bilhões em prejuízos, mas também está sendo marcada por um conflito de narrativas, com a tecnologia ajudando a identificar mentiras dos agressores.

Desde 1991, durante a Guerra do Golfo, tornou-se comum acompanhar ao vivo os conflitos armados pela televisão. Porém, a Guerra na Ucrânia já pode ser considerada histórica por empregar alta tecnologia – como drones, smartphones e satélites – para expor com maior profundidade, e, principalmente, em tempo real, a verdade sobre a guerra no país invadido.

Nos últimos meses, o Kremlin nega que a sua intitulada “operação especial” tenha como alvo os civis ucranianos. Porém, vídeos gravados por smartphones e drones, além de imagens captadas por satélite, tem mostrado não apenas civis assinados caídos pelas ruas, mas também valas comuns com dezenas de corpos em vilarejos próximos à capital Kiev.

Guerra em tempo real

Conforme apontou a CNN, soldados russos já tinham cometido abusos durante os conflitos na Síria, Chechênia e Geórgia. Contudo, Putin e seus funcionários sempre mentiram para encobrir crimes de guerra.

Já na Ucrânia, tem sido comum as denúncias na internet e pela imprensa de civis mortos com tiros na cabeça, amarrados pelas pernas e mãos. Novamente, os russos alegam que essas notícias são falsas. Porém, fotos via satélite disponíveis publicamente pela empresa de tecnologia Maxar, vem corroborando com as denúncias de violação de direitos humanos pelo Exército russo, conforme no tweet abaixo:

A comoção internacional em torno dessas imagens motivou o mais recente pacote de sanções contra a Rússia (o sexto desde o início da Guerra). De acordo com o UOL, as medidas incluem a exclusão do Sberbank, principal banco da Rússia, do sistema global Swift; bem como embargos ao petróleo russo. Além disso, países ocidentais pretendem enviar mais armas para ajudar na defesa da Ucrânia.

A guerra no leste europeu ainda parece longe do fim, com os russos ocupando 20% do território da Ucrânia. Porém, a alta tecnologia pode ajudar a mudar o rumo da guerra, minando as potenciais mentiras de um agressor superdimensionado. “É 2022 agora. Temos evidências conclusivas. Existem imagens de satélite. E podemos conduzir investigações completas e transparentes”, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante fala em  uma reunião das Nações Unidas, em abril.

Hemerson Brandão

Hemerson Brandão

Hemerson é editor e repórter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

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