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80 entidades que checam fake news cobram mais empenho do YouTube

Em carta, agências ressaltam que o YouTube serve como palco para disseminação de fake news e ataques de ódio - e que o Brasil é um dos países que mais sofre com o problema

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Imagem: pixabay

Nesta quarta-feira (12), 80 organizações de verificação de fatos (“fact-checking”) de 46 países, enviaram uma carta aberta à CEO do YouTube, Susan Wojcicki. O documento exige que a empresa enfrente a disseminação desenfreada de fake news na plataforma.

No documento — que cita o Brasil como um dos lugares que sofrem com a disseminação de notícias falsas –, as entidades ressaltaram que “a plataforma tem sido usada para amplificar o discurso de ódio contra grupos vulneráveis, atingindo dezenas de milhares de usuários. As eleições também não estão seguras.” Além do Brasil, os únicos países destacados foram os EUA, Taiwan e Filipinas.

Uma das medidas sugeridas é que o YouTube estabeleça estruturas específicas de combate a desinformação e disseminação de ódio. Outra é que a rede social assuma a responsabilidade de investir em iniciativas independentes de verificação de informações ao redor do mundo.

“Diariamente, vemos que o YouTube é um dos principais vetores de desinformação online no mundo… Não vemos muito esforço por parte do YouTube para aplicar políticas que resolvam o problema”, disseram em parte da carta.

O grupo ainda pediu uma reunião com Wojcicki para discutir as questões apontadas na carta, para assim, tentar solucionar essas questões.

Entre os signatários da carta estão as agências brasileiras Aos Fatos e Lupa. Também assinam o documento organizações dos EUA, incluindo a unidade de checagem do jornal The Washington Post, e países como Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Nigéria, Etiópia, África do Sul, Índia, Mianmar, Filipinas e mais organizações de outros países da América Latina, como Argentina, Bolívia e Colômbia.

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