99Carona quer conectar passageiros com motoristas que têm um lugarzinho sobrando no carro

99 começará a testar seu serviço de caronas em Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC); ideia que custo para o passageiro seja baixo.
Foto: Nabeel Syed/Unsplash

A 99 quer ir além dos serviços de corridas em carros particulares e em táxis. A empresa vai começar a cadastrar motoristas para o 99Carona, uma nova opção da empresa voltada para quem não quer trabalhar dirigindo, apenas compartilhar seu carro e dividir os custos.

O 99Carona será lançado em 19 de outubro em Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) com o início do cadastro de motoristas nessas duas capitais. Depois, passageiros poderão se cadastrar. A previsão é que, até o fim do ano, mais cidades recebam a opção e que caronas intermunicipais sejam liberadas — no início, apenas trajetos dentro do próprio município serão aceitos.

A principal diferença do 99Carona para outras modalidades do 99, como o 99Pop, é que o novo serviço não se destina a gerar renda. Por isso, os motoristas só podem oferecer cinco viagens por dia, e a tarifa é calculada automaticamente levando em consideração o combustível e os custos fixos do automóvel. O comunicado de imprensa não fala explicitamente, mas dá para entender que esse valor deve ser baixo. O motorista recebe o dinheiro da viagem na hora, caso tenha o cartão pré-pago 99, ou uma vez por semana.

O 99Carona vai funcionar dentro do aplicativo da 99, mas o mecanismo é diferente. Motoristas e passageiros precisam cadastrar previamente seus trajetos e horários. O passageiro vê uma lista de corridas disponíveis e escolhe a que for mais conveniente. As caronas precisam ser agendadas com 15 minutos de antecedência no mínimo e aceitas por ambas as partes. Mulheres podem optar por viajar apenas com mulheres. Segundo a empresa, os trajetos serão “porta a porta”: o condutor pega o passageiro no porto de partida e deixa no destino final.

As corridas contarão com as mesmas proteções de segurança das outras modalidades da 99. Quem quiser dar carona terá que mostrar seus documentos pessoais e do veículo, além de passar por análise do perfil e checagem de histórico público. Os passageiros também precisarão mostrar CPF e RG e passar por reconhecimento facial pelo app.

Além disso, por causa da pandemia de COVID-19, algumas regras precisam ser respeitadas, como uso de máscara, viagem com janelas abertas, máximo de dois passageiros no veículo e higienização das mãos. A questão de saúde, aliás, é mencionada pela 99 como um dos motivos para o serviço: a empresa diz que uma pesquisa feita entre passageiros mostra que 86% pensam em recorrer a caronas por ser uma alternativa mais confortável e segura em relação a questões de saúde.

A 99 não é a primeira empresa a tentar usar a tecnologia para organizar caronas. Sua dona, a chinesa Didi Chuxing, tem um serviço semelhante no país asiático, o Hitch. Ele chegou a ficar suspenso por um ano depois do assassinato de uma passageira por um motorista.

Entre os concorrentes, o Waze tem seu Carpool no Brasil há mais de um ano, e recentemente ganhou recursos para tentar facilitar o processo de encontrar um passageiro ou um motorista, como preços flexíveis definidos pelo próprio motorista e aceitação automática de corridas. Ele conta, inclusive, com parceria com o Moovit, um dos mais populares apps de informações de transporte público.

No caminho contrário, apps de carona também estão expandindo sua área de atuação. O BlaBlaCar, que tem viagens intermunicipais como foco, anunciou recentemente que vai se tornar um marketplace de passagens de ônibus.

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