A arquitetura da vigilância: como são os prédios de equipes de espionagem

Nos últimos dias, grandes documentos foram vazados detalhando o PRISM, um programa governamental secreto que direcionava empresas de tecnologia para espionarem a população ao entregar dados para a Agência de Segurança Nacional (NSA), junto com outros braços do Departamento de Segurança Doméstica. Apesar das óbvias ameaças ao direito de privacidade, a Quarta Emenda (contra procura […]

Nos últimos dias, grandes documentos foram vazados detalhando o PRISM, um programa governamental secreto que direcionava empresas de tecnologia para espionarem a população ao entregar dados para a Agência de Segurança Nacional (NSA), junto com outros braços do Departamento de Segurança Doméstica. Apesar das óbvias ameaças ao direito de privacidade, a Quarta Emenda (contra procura e detenção ilegal), e a ameaça do povo, o programa de espionagem continuou com a aprovação de dois presidentes e do Congresso. E mesmo que as informações interceptadas sejam imateriais, elas precisam passar por grandes construções em lugares reais. Você consegue dizer quais são os prédios que estão te espionando?

No geral, arquitetura de espionagem é grande, sem graça e escondida. Isto quer dizer que ela não se destaca, e este é o propósito. Raramente você verá um design de destaque como sede de uma agência de inteligência, e raramente estará no coração de uma cidade. A única exceção notável para isso é a sede do FBI, que ocupa um grande prédio no coração da capital dos Estados Unidos.

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Prédio do Departamento de Defesa no Estado da Virginia. Foto: Michael S. Williamsom/Washington Post

Mas isso não significa que prédios de espionagem não compartilhem algumas características gerais. Como disse antes, estes prédios fazem tudo o que podem para não serem notados; então ao mesmo tempo que eles não chamam a atenção, eles também não são escondidos demais. Entre todos os elementos favoritos de fachada está painéis de concreto pré-moldado. Estas sedes tentam parecer prédios de escritórios – e, na maioria dos casos, é exatamente isso o que eles são.

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Crystal City. Photos: Michael S. Williamson/Washington Post

Alguns, no entanto, são sem graça demais. Com carpete bege indo de parede bege até parede bege, o único elemento que quebra a monotonia é o teto. Em alguns casos, por mais que o design seja inofensivo, a enorme massa de blocos de construção bloqueiam o sol por muitos quarteirões. Claro, a procura por suavidade também dá a esses prédios uma aparência sinistra. A sede da NSA, por exemplo, reflete seus estacionamentos gigantescos para os motoristas que passam, enquanto os volumes platônicos sugerem sua invencibilidade. A mensagem e clara: a NSA pode observar, mas não pode ser observada.

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Data center do Google. Foto : Google/Connie Zhou via Wired

É interessante notar como estes prédios se distanciam dos modos tradicionais de entendimento de vigilância, como o muito discutido Panopticon de Jeremy Bentham. Em vez de se apoiar em planos centralizados de visualizações otimizadas, a internet permite observadores onipresentes para que os prédios não precisam responder a linhas de visão.

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FBI, Washington, D.C. Image: FBI

Nesta coletânea, você encontra sedes do governo, os datacenters do Facebook e do Google (duas empresas que colaboraram com a NSA), assim como um prédio onde hackers chineses estão trabalhando nas suas grandes operações de espionagem. Veja mais no Architizer.

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