A câmera de 1.4 Gigapixel que nos protege do Armageddon

Primeiro passo para evitar o Armageddon: avistar o asteroide antes que ele destrua toda a vida na terra. O telescópio PS1 que fica no topo de uma montanha no Havaí e é equipado com uma câmera digital de 1.4 Gigapixel está lá para garantir que o final desse filme seja feliz, não como em Impacto […]

Primeiro passo para evitar o Armageddon: avistar o asteroide antes que ele destrua toda a vida na terra. O telescópio PS1 que fica no topo de uma montanha no Havaí e é equipado com uma câmera digital de 1.4 Gigapixel está lá para garantir que o final desse filme seja feliz, não como em Impacto Profundo.

O telescópio PS1 é o primeiro de quatro Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope & Rapid Response System), uma série de telescópios projetados para descobrir, rastrear e mapear asteroides próximos à Terra, de 300 metros (suficiente para varrer uma cidade inteira do mapa) a um quilômetro (bem-vindo ao fim do mundo). Todos os quatro telescópios ficarão localizados no Havaí, em Maui, e ficarão apontados para a mesma direção, para quaisquer artefatos CCD causados por defeitos nos chips e raios cósmicos possam ser removidos. As quatro imagens são então combinadas para criar uma equivalente a de um telescópio de 3,6 metros – permitindo a observação de objetos até dez vezes menos pronunciados do que outros equivalentes. O céu noturno havaiano será observado por inteiro três vezes a ciclo lunar.

Duas vezes por minuto, o PS1 captura uma imagem de 1400 Megapixels (1.4 Gigapixel) de uma região específica do céu noturno. Isso é 3600 vezes maior do que a câmera principal do Hubble, com uma resolução 1000 vezes maior do que a da Red One. Se você imprimisse essa imagem em 300dpi, cobriria metade de uma quadra de basquete. Ao todo, ele gera 5TB de dado por noite e mapeia o céu completo a cada seis meses. “É o melhor sistema de aviso prévio que temos”, segundo Edo Berger, um professor do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.

A câmera em si tem 40cm quadrados. Células CCD (charge-coupled device) individuais são agrupadas em quadrados de 8×8 em um único chip de silício com 5cm quadrados, chamado de Orthogonal Transfer Array (OTA). Há um total de 60 OTAs no plano focal de cada telescópio. O sistema é projetado dessa forma para que se uma célula CCD, ou mesmo um OTA inteiro, falhe, possa ser substituído em vez de fazer com que seja necessário trocar todo o conjunto.

E não são só perigosas pedras espaciais em que a PS1 está de olho. “Nós temos conseguido encontrar mais fenômenos espaciais explosivos (como supernovas explodindo) em um mês do que a comunidade astronômica inteira encontrou em um ano”, disse Berger. “Vamos conseguir mapear o sistema solar com muito mais detalhes do que era anteriormente possível, e estudar a formação da Via Láctea através de observação com uma sensibilidade sem precedentes”.

Se algum dia em breve avistarmos um asteroide do mal vindo em nossa direção, provavelmente o mérito será desse garotão. Pena que estaremos ocupados demais para dar os parabéns, tentando arranjar alguma Máquina Monstruosa capaz de nos salvar. [Pan-STARRS Wiki – National Geographic – Pan-STARRS Home]

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