A ciência do movimento das bicicletas reformulada

Bicicletas, hein? Quando eu era mais novo eu achava que elas eram objetos de duas rodas místicos que permaneciam em pé quase que por mágica. As rodinhas laterais eram meu suporte até que um dia meu pai arrancou-as fora e me empurrou rua abaixo. Choramingando, eu tremia enquanto tentava ir para frente, com pavor nos […]

Bicicletas, hein? Quando eu era mais novo eu achava que elas eram objetos de duas rodas místicos que permaneciam em pé quase que por mágica. As rodinhas laterais eram meu suporte até que um dia meu pai arrancou-as fora e me empurrou rua abaixo.

Choramingando, eu tremia enquanto tentava ir para frente, com pavor nos meus olhos e sentindo o estomago embrulhar até que…eu percebi que eu tinha conseguido me manter em pé e, felizmente, não iria sofrer uma morte terrível no asfalto que passava rapidamente logo abaixo de mim enquanto eu pedalava freneticamente.

O que me mantinha em pé, os cientistas e físicos acreditavam ser o resultado da rotação da roda e o que é chamado de “efeito giroscópico.” Algo bastante simples e que, por muito tempo, foi a explicação aceita para porque as coisas são do jeito que elas são.

Até que essa semana o jornal Science apareceu e colocou todos os conceitos em cheque com sua bicicleta estranha para testar conceitos de física e um dispositivo giro-negativo (imagem acima):

Diferente de uma bicicleta normal, a roda dianteira desse veículo fica na frente do eixo de direção, e por isso não sofre influencia do efeito cáster. Além disso, tanto a roda da frente quanto a de trás estão conectadas a rodas duplicadas girando na direção contrária, então qualquer precessão giroscópica é cancelada. – CNET

Quando eles empurraram o aparelho, ele permaneceu em pé até que o movimento para frente parou, e então ele caiu da mesma maneira que eu também muitas vezes caí desde que recebi aquele empurrão paterno há mais de 20 anos atrás.

O que o experimento mostrou é que a razão aceita para a estabilidade da bicicleta era apenas parte desse quebra-cabeça recém-reformulado.

“Tudo faz parte da maneira como a inclinação da bicicleta automaticamente causa mudança na direção, o que pode trazer as rodas de volta para o lugar quando a bicicleta está caindo,“ diz Andy Ruina, professor de ciências mecânicas na Cornell e coautor do artigo […] “Quase qualquer bicicleta auto estável pode ficar instável ao desajustar tanto a trilha, o giroscópio da roda da frente, a montagem da parte frontal, ou a posição do centro da massa.”

Um estado constante de cair e corrigir. Parece uma órbita planetária. Ou meus primeiros dias naquela bicicleta para crianças. [CNET]

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