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A estranha mineradora de bitcoin da Kodak parece ter chegado ao fim antes mesmo de começar

No começo do ano, vimos na CES uma máquina de mineração de bitcoin da Kodak, chamada KashMiner. Fabricada em parceria com uma empresa chamada Spotlite, o equipamento seria alugado e prometia altos lucros aos interessados. Bem, parece que as autoridades resolveram dar um basta nessa ideia e proibiram o negócio antes mesmo de ele começar. […]

No começo do ano, vimos na CES uma máquina de mineração de bitcoin da Kodak, chamada KashMiner. Fabricada em parceria com uma empresa chamada Spotlite, o equipamento seria alugado e prometia altos lucros aos interessados. Bem, parece que as autoridades resolveram dar um basta nessa ideia e proibiram o negócio antes mesmo de ele começar.

De acordo com o CEO da Spotlite, Halston Mikail, a decisão foi tomada pela Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos. Também conhecida como SEC (de U.S. Securities and Exchange Commission), ela é o órgão responsável por regular o mercado financeiro do país. É o equivalente norte-americano da nossa Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A história toda da Kodak KashMiner é bem esquisita. Um porta-voz da empresa disse à BBC que o equipamento nunca foi oficialmente licenciado pela Spotlite. Apesar disso, não há qualquer informação sobre processos por uso indevido da marca.

O site da própria subsidiária, Kodak HashPower, nunca foi terminado. Os termos de uso e a política de privacidade que constavam na página eram apenas “lorem ipsum”, texto em latim usado para ocupar um espaço em diagramações e projetos gráficos. Agora, Mikail diz que vai levar os equipamentos para a Islândia e operar de maneira privada.

A Kodak e as criptomoedas

A Kodak andou flertando com as criptomoedas no começo do ano. A empresa de fotografia falou sobre planos de lançar seu próprio dinheiro digital, a KodakCoin, para ser usada na sua plataforma de direitos autorais de fotografias da própria companhia. As ações da empresa dispararam na ocasião.

Já a história com a Kodak KashMiner era bem diferente. Ela seria uma máquina de aluguel para minerar Bitcoin. O material distribuído na CES falava em um valor de US$ 3.400 por dois anos. As moedas digitais obtidas com o equipamento seriam divididas com o cliente na metade, 50/50.

A promessa era de gerar US$ 375 por mês, o que daria um total de US$ 9.000 nos dois anos, dado um preço médio de US 14.000 para o bitcoin no período. O problema é que a conta não fechava, já que parecia desprezar os custos com energia e a crescente dificuldade do processo de mineração de bitcoin.

Ao BuzzFeed, o professor de economia Saifedean Ammous disse que seria necessário que a moeda mantivesse um preço médio de US$ 28 mil para alcançar os valores oferecidos. Vale lembrar que o preço máximo que a moeda alcançou até hoje foi de US$ 19.783. Por isso, a ideia foi duramente criticada por colunistas de tecnologia.

[BBC via Engadget]

 

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