A Uber começa a enxugar com demissão de 435 funcionários

A Uber demitiu 265 engenheiros e 170 membros de seu time de produtos. A empresa precisa tanto de uma reformulação que as demissões, que representam cerca de 8% de cada equipe, vieram depois de o CEO Dara Khosrowshahi “perguntar para todos de seu time de gerentes algo simples, porém muito importante: se estivéssemos começando do […]
Escritório da Uber na Califórnia
Getty

A Uber demitiu 265 engenheiros e 170 membros de seu time de produtos. A empresa precisa tanto de uma reformulação que as demissões, que representam cerca de 8% de cada equipe, vieram depois de o CEO Dara Khosrowshahi “perguntar para todos de seu time de gerentes algo simples, porém muito importante: se estivéssemos começando do zero, organizaríamos a nossa empresa do jeito que está hoje?”, conforme um comunicado da própria companhia.

Geralmente esse não é o tipo de pergunta que é feita para as lideranças de uma empresa que não tem ido muito bem e que optou por abrir suas ações na bolsa há alguns meses.

Todas essas 435 demissões aparentemente são de pessoal considerado “não essencial” para o negócio, seguindo a linha do que a companhia fez com 400 funcionários de marketing, que foram demitidos em julho.

“Nossa esperança com essas mudanças é resetar e melhorar como trabalhamos no dia a dia”, escreveu a Uber em um comunicado, que, apesar de tentar, falha na tentativa de mostrar um lado bom nesta redução drástica de sua força de trabalho técnica.

A empresa diz que essas mudanças incluem “priorização impiedosa, e sempre nos manter responsáveis por uma performance de alto nível e agilidade”. A Uber decidiu fazer esse anúncio em meio ao evento de lançamento do iPhone 11.

De acordo com o TechCrunch, as demissões coincidem com o congelamento de contratações iniciado em agosto. A Uber disse no começo desta semana que planeja contratar duas mil pessoas para seu escritório em Chicago – mas a maioria desses novos funcionários irão trabalhar para a Uber Freight, a divisão de caminhões da companhia, que aparentemente não foi afetada pelas recentes demissões.

Essas notícias de demissões acontecem pouco depois de legisladores da California indicarem que votarão uma lei que pode exigir que a Uber e outras empresas similares considerem seus motoristas como funcionários, em vez de terceirizados independentes. Uber e seu concorrente Lyft têm feito campanha contrária à lei, que provavelmente será aprovada e trará mais desafios para que elas gerem lucro – algo que nenhuma delas foi capaz de fazer até agora.

Enquanto isso, o preço das ações do Uber continua a cair.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas