Acompanhe a luta para salvar os 2 últimos rinocerontes brancos da extinção

O rinoceronte branco do norte é um dos animais mais raros do mundo: o último macho morreu em 2018 e restam apenas duas fêmeas
Imagem: Matjaz Krivic/Tpoty

O rinoceronte branco do norte é um dos animais mais raros do mundo: o último macho morreu em 2018 e restam apenas duas fêmeas da subespécie. Najin e sua filha Fatu são a esperança da humanidade para salvar a espécie.

banner

Para isso, um grupo de pesquisadores do BioRescue, em parceria com o centro Ol Pejeta Conservancy, no Quênia, na África, realizou as primeiras transferências bem-sucedidas de embriões em rinocerontes brancos do sul. Abrindo caminho para que a técnica seja usada em seus “primos” mais raros do norte.

Embora comumente usado em humanos, cavalos e vacas, a técnica nunca havia sido usado em rinocerontes antes. Thomas Hildebrandt, chefe do BioRescue, se mostrou animado com a possibilidade de salvar Najin e Fatu de serem as últimas da sua espécie.

“Este bebezinho é a prova de tudo”, disse ele ao Guardian. “A injeção de esperma, a fertilização, o nitrogênio líquido, o descongelamento – isso nunca foi feito antes com rinocerontes. Tudo poderia ter falhado.”

O rinoceronte branco do norte anteriormente ocupava partes de Uganda, Sudão do Sul, República Centro-Africana e da República Democrática do Congo. A espécie ficou quase extinta graças aos caçadores, que buscavam seus valiosos chifres.

Como a ciência pretende salvar os rinocerontes brancos

A expectativa é que ainda esse ano os cientistas implementem o embrião de rinoceronte branco do norte criados a partir de espermatozoides coletados de dois machos já falecidos.

Assim, se a gestação de 16 meses for bem-sucedida, será o primeiro da espécie a nascer desde 2000. Ou seja, isso também pode abrir caminho para a conservação dos rinocerontes-de-sumatra, que existem cerca de 40 na natureza.

Hildebrandt alerta, porém, que mesmo que nasçam vários filhotes de rinoceronte branco do norte, eles não serão geneticamente diversos o suficiente para produzir uma população viável.

Por isso, se mais mamíferos nascerem, os pesquisadores disseram que buscarão usar a edição genética para melhorar a diversidade genética de futuros descendentes, também coletando material genético de amostras de museus.

Thomas Hildebrandt, chefe do BioRescue, com Najin. Foto: Ami Vitale/Nautilus

“Depois, usaríamos a edição genética para inseri-los na população. Planejamos visitar todos os museus com espécimes de rinoceronte-branco-do-norte. Não é apenas um experimento científico, queremos realmente trazê-los de volta”, completou.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas