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Advogados de Amber Heard pedem a anulação da decisão do júri

A atriz alega que as evidências apresentadas durante o julgamento não sustentam a decisão do júri, segundo imprensa norte-americana

Amber Heard

Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Quem achou que a batalha judicial entre Amber Heard e Johnny Depp tinha chegado ao fim, se enganou. Após o desfecho no processo contra seu ex-marido, a atriz agora pede a anulação do julgamento. Segundo informações divulgadas pelo The Guardian, ela alega que as provas apresentadas seriam insuficientes para sustentar o veredito. 

O ex-casal se enfrentou em uma batalha judicial que durou cerca de três meses. Em junho, a Amber foi declarada culpada de três acusações e condenada a pagar US $10,35 milhões ao ator de indenização por danos compensatórios, além de US $5 milhões por danos punitivos. Depp também foi considerado culpado, mas só precisará pagar US $2 milhões.

Agora, de acordo com a equipe de Amber, as evidências apresentadas durante o julgamento não sustentam a decisão do júri. Ela entregou um memorando de 43 páginas com os motivos pelos quais o veredicto e a indenização deveriam ser retirados.

Na nova ação movida pelos representantes de Amber na corte de Virgínia, nos Estados Unidos, argumenta que a decisão foi “excessiva em relação às evidências apresentadas e à lei”. Por isso, os advogados visam outro julgamento ou que o caso seja encerrado com a derrota de Depp.

Segundo o site, entre os argumentos para a solicitação de anulação do processo, Amber Heard aponta que seu artigo publicado no Washington Post em 2018 não motivou a perda do papel de Depp na sequência de “Piratas do Caribe”. 

Além disso, alegaram que o ator “procedeu apenas em uma teoria de difamação por implicação, abandonando quaisquer alegações de que as declarações de Heard eram realmente falsas.” A artista defende também que o valor de R$ 10 milhões ao qual foi condenada a indenizar o ex-marido seria excessivo, já que ambos foram declarados culpados.

E não para por aí! Amber ainda questiona as informações do jurado 15, que teria informado a data de nascimento errada. De acordo com a declaração da atriz, ele teria dito que nasceu em 1945, quando informações públicas indicariam que seu ano de nascimento seria 1970. 

“A discrepância levanta a questão de se o Jurado 15 realmente recebeu uma intimação para servir como jurado e se foi corretamente examinado pela corte para servir ao júri”, diz a moção.

Ainda segundo o site norte-americano, a juíza do caso Penney Azcarate afirmou que não está disposta a agendar mais audiências sobre o caso. No último encontro legal, em 24 de junho, Azcarate colocou a sentença final nos autos do tribunal depois que a advogada da atriz, Elaine Bredehoft, pediu novas audiências.

Já o advogado de Depp, Ben Chew, por meio de nota enviada ao Courthouse News, disse que o pedido de Amber para anular o julgamento é “o que esperávamos, apenas maior, mas não mais substantivo”.

Relembre o caso

No início de Junho, a batalha judicial entre Johnny Depp e Amber Heard chegou ao fim. O Tribunal do Condado de Fairfax, no estado americano da Virgínia, condenou o ator e a ex-mulher no processo de difamação movido mutuamente entre os dois.

Johnny Depp processou Heard por difamação, pedindo US $50 milhões (R$248 milhões de reais, aproximadamente) em danos depois que ela alegou em um artigo do jornal Washington Post que era vítima de violência doméstica. Por sua vez, Amber contra-processou Johnny por US$ 100 milhões (cerca de R$500 milhões).

Com o fim do processo, a atriz foi considerada culpada de todas as três acusações de difamação na ação movida pelo ex-marido e terá que pagar US$ 10 milhões de dólares, o valor inicial era de US$ 15 milhões de dólares, mas o juiz concordou em reduzir o valor.

Mas Depp também foi condenado por uma das três acusações do processo e terá que pagar uma indenização de US$ 2 milhões. O julgamento demorou sete semanas e os jurados levaram três dias para deliberar sobre as conclusões.

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