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Ainda em versão beta, Street Fighter V já agrada jogadores e faz sucesso na BGS 2015

por Bruno Izidro Street Fighter V foi uma das grandes atrações da Brasil Game Show 2015, que rolou no último fim de semana, em São Paulo. O próximo jogo de luta da Capcom só deve sair em 2016, mas já estava com uma versão jogável na feira, inclusive com a adição da recém-anunciada personagem brasileira […]

por Bruno Izidro

Street Fighter V foi uma das grandes atrações da Brasil Game Show 2015, que rolou no último fim de semana, em São Paulo. O próximo jogo de luta da Capcom só deve sair em 2016, mas já estava com uma versão jogável na feira, inclusive com a adição da recém-anunciada personagem brasileira Laura.

Após os problemas ocorridos durante a fase beta, esse foi meu primeiro contato direto com o game e mesmo sendo péssimo em jogos de luta, depois de meia-hora de muitos socos, chutes e Hadoukens, eu sai mais animado do que imaginava com Street Fighter V, principalmente por ele estar com a jogabilidade bem mais facilitada para quem só quer se divertir. Essa boa primeira impressão não foi sentida só por mim e ela é compartilhada também por muitos dos jogadores que estavam na feira.

Uma delas é Emanuela Santos, 20, que apesar de não jogar ativamente as versões anteriores, não dispensa algumas partidas com a Chun-Li, sua personagem preferida, e foi com a chinesa que ela experimentou Street Fighter V pela primeira vez. Ela é só elogios para o jogo, principalmente pelo visual. “O gráfico tá bem melhor e a cada vez mais eles vão melhorando, principalmente os comandos”, fala.

Já Mateus Santana, também de 20 anos, é um jogador mais assíduos da série e fala que o quinto jogo demonstra que Street Fighter está indo pelo caminho certo, mesmo que ainda tenha um pouco de dificuldade com as novidades do jogo. “Eu ainda não entendi o sistema de V-Trigger, mas pelo o que eu vi nos vídeos, você pode fazer uns combos fantásticos se souber usar ele”, comenta Mateus.

O V-Trigger é uma pequena barra vermelha no canto inferior que enche conforme você toma dano na luta. Ao ativá-lo, cada personagem ganha algum tipo de habilidade única, alguns tem os poderes aumentados temporariamente, enquanto outros podem até sofrer transformações, como é o caso do novato Necali. A barra do V-Trigger também varia de personagem pra personagem, alguns possuem três barras (como M. Bison), outros só duas (como o Charlie). Tudo para balanceamento do jogo.

Após enfrentar duas vezes a fila para jogar um pouco mais de Street Fighter V na BGS, Jorge Dantas, 20, aponta aquilo que mais me agradou no jogo: a facilidade para jogar, principalmente se comparado as últimas versões de Street Fighter IV. “Os combos ficaram mais rápidos e mais dinâmicos, o que facilita pra quem não sabe jogar e torna ele um jogo mais amigável para quem não tem muito contato com Street Fighter”, diz.

Jorge, inclusive, estava jogando com Laura, a personagem brasileira no jogo. Para ele, a lutadora que une luta corpo-a-corpo com golpes de eletricidade bem interessantes. “Ela é focada no Jiu-Jitsu, então os combos dela são rápidos, mas não dão muito dano, então tem que dar um agarrão no personagem para um dano maior e isso é diferente dos outros personagens”, conta.

Opinião profissional

Durante a BGS 2015 aconteceu também a Capcom Pro Tour Brasil, etapa do campeonato oficial de Ultra Street Fighter IV. Aproveitamos que lá estariam reunidos pelo menos boa parte dos melhores jogadores de Street Fighter do país para perguntar o que eles estavam achando do próximo game. E a impressão, até agora, também foi bastante positiva.

Eric “Chuchu” Moreira, que representou o Brasil na Capcom Cup do ano passado, só conseguiu jogar rapidamente a nova versão com a adição de Laura, mas se impressionou pelo visual e, principalmente, pela evolução que o próprio Street Fighter V vem demonstrando a cada nova atualização feita. “Agora tá bem melhor do que as primeiras versões, ele já está mais rápido e os golpes estão diferentes”, comenta Chuchu. Essas características também refletem as principais diferenças de jogabilidade que o novo jogo terá e que, segundo ele, são a mobilidade dos personagens e o impacto dos golpes.

Outro que também aprovou Street Fighter V foi Keoma Pacheco, o grande vencedor do Capcom Pro Tour Brasil na BGS 2015 e que ganhou uma vaga para o Capcom Cup desse ano. Ele fala que a direção que o jogo está tomando é o que mais o agrada até agora. “Eles (Capcom) estão dando mais importância pro jogo neutro e pra inteligência do jogador para vencer”.

Para Keoma, Street Fighter V também deverá ser um jogo bem mais amigável para quem não está interessado nele somente para competição, mas não vê um problema nisso, já que será um atrativo para mais pessoas jogarem.

Em um cenário onde competições como o EVO e o próprio Capcom Cup estão crescendo a cada ano, seria até natural um Street Fighter V bem mais complexo e com foco em competições, mas ao que parece ele está indo no caminho oposto para atrair mais jogadores.

É claro que a versão que estava disponível na BGS ainda está bem longe da final, tanto em personagens quanto em balanceamento, então fazer um julgamento completo é impossível no momento, mas para jogadores como eu, que só querem se divertir de vez em quando, seja de forma nostálgica ou para tirar uns “contra” com amigos, Street Fighter V é um jogo para se aguardar no ano que vem.

Street Fighter V será lançado em algum momento de 2016 para PlayStation 4 e PC.

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