Alguém está entupindo privadas na Suíça com milhares de euros

Autoridades suíças tentam desvendar um estranho caso que envolve o descarte de mais U$ 100.000 em notas de 500 euros que foram escoadas pela descarga de banheiros de estabelecimentos públicos na Genebra. As notas em perfeito estado causaram danos de milhares de dólares ao sistema de encanamento e a polícia esta chocada com o que […]

Autoridades suíças tentam desvendar um estranho caso que envolve o descarte de mais U$ 100.000 em notas de 500 euros que foram escoadas pela descarga de banheiros de estabelecimentos públicos na Genebra. As notas em perfeito estado causaram danos de milhares de dólares ao sistema de encanamento e a polícia esta chocada com o que parece ser uma destruição sem motivos.

O jornal suíço Tribune de Genève foi a primeiro a notar o caso semana passada, e a história se espalhou pelo globo desde então. De acordo com a Bloomberg, o primeiro bolo de notas de 500 euros foi encontrado enfiado em um toalete próximo ao depósito de pertences do banco suíço UBS. As notas foram cortadas com tesoura.

Isso obviamente levantou muitas perguntas, mas o estranho incidente teria sido dispensado como uma mera casualidade não fosse por novas ocorrências. Logo após a primeira descoberta, um funcionário da Pizzeria du Molard, também próxima ao banco, chamou a polícia para registrar que a privada do estabelecimento estava entupida com dinheiro vivo. Por fim, mais notas foram encontraras no banheiro de três restaurantes diferentes próximos ao banco UBS, com um total equivalente a U$ 119,000 em dinheiro vivo picotados e escoados por descargas.

Nos EUA, é ilegal destruir dinheiro, mas este não é o caso na Suíça. E mesmo se fosse, os francos suíços são a moeda oficial do país, não euros. De qualquer forma, a polícia está tão curiosa quanto nós para saber o que diabos aconteceu, mas o banco UBS se recusa a comentar o caso.

Henri Della Casa, um porta-voz da promotoria de Genebra, disse ao Bloomberg que “deve ter algo por trás de tudo isso” e “é por isso que iniciamos uma investigação”. Mas é claro, deve existir algum decreto que proíba sair por ai destruindo o encanamento dos outros, mas sistematicamente se livrar de um monte de dinheiro dessa maneira é muito mais intrigante.

O caso recentemente ganhou ares ainda mais bizarros quando um homem alegando ser o advogando de duas espanholas chegou na estação policial de Genebra oferecendo ressarcir os danos. O Tribune de Genève afirma que a investigação havia identificado duas mulheres suspeitas depois de uma análise do sistema de vigilância. Se o advogado explicou a polícia o que raios aconteceu, as autoridades não estão compartilhando essa informação com a mídia.

Uma possível pista é que o Banco Central Europeu baniu a produção de notas de 500 euros ano passado devido ao seu uso em lavagem de dinheiro. De acordo com o The New York Times, “em alguns círculos, criminosos se referiam as notas como “Bin Laden”, em homenagem ao antigo líder da Al Qaeda”. Mas a nota ainda é moeda corrente.

Estariam estas duas mulheres confusas sobre o que o banimento realmente significava? Estariam elas tentando destruir ganhos ilegais? Se sim, por que não encontrar um método mais eficiente para fazer isso? E por que elas foram tão incoerentes com esse (incrivelmente ineficiente) método? São estas duas mulheres anônimas as reais responsáveis por este misterioso incidente? Estariam alguns destes gordos bolos de notas flutuando pelo esgoto de Genebra, só esperando para que um pobre coitado as encontre? Vincent Derouand, da procuradoria de Genebra, diz ao BBC que tudo que o escritório deseja saber é “de onde as notas vieram e se um crime foi cometido”.

Pessoalmente, apostamos que tudo isso é um trabalho do Banksy tentando provar um ponto sobre o capitalismo e o Brexit.

[BloombergTribune de GenèveWall Street Journal]

 

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