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Alphabet impõe redução ao Google Fiber por planos de internet rápida sem fio

Iniciativa do Google de levar fibra ótica para os EUA não consegue crescer como o esperado e deve sofrer cortes por parte da Alphabet.

Nem tudo o que o Google toca vira ouro, e o Google Fiber, pelo jeito, está em vias de se tornar mais um dos serviços fracassados da empresa.

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O Google Fiber é rápido demais, mas enfrenta uma série de desafios

De acordo com o The Information, o CEO da Alphabet, Larry Page, passou recentemente algumas recomendações bem fortes para o líder do Google Fiber, Craig Barratt: corte o quadro de funcionários e reduza drasticamente os custos de instalação. O artigo também diz que Barratt brincou com a ideia de abandonar o projeto, supostamente devido a mudanças na Alphabet.

Esse aperto de cinto vem logo depois de relatos de que a Alphabet planeja apostar em tecnologia wireless no lugar de cabos de fibra óptica para reduzir custos e tempo. O The Wall Street Journal diz que a empresa parou de trabalhar nas cidades de San Jose e Portland como resultado dos cortes recentes.

Essas mudanças dão uma ideia de como o Google Fiber sofre para se estabelecer. Quando foi lançado, foi recebido com empolgação por alguns dos seus futuros clientes. Alguns anos depois, no entanto, o número de assinantes está “muito abaixo das expectativas iniciais”, de acordo com o The Information.

O Google Fiber, no momento, lembra outro projeto bastante ambicioso feito para levar fibra óptica para os EUA: o projeto Verizon FiOS. Iniciado em 2005, ele só estava disponível para 12% da população do país que deveria ter acesso ao serviço em 2015, dez anos depois do seu lançamento.

O Google Fiber ainda não chegou neste nível, mas dá alguns sinais de que está a caminho. De acordo com a Fast Company:

No primeiro trimestre de 2016, a Alphabet gastou quase US$ 280 milhões em despesas de capital relacionadas principalmente ao Fiber. Durante o mesmo período, as perdas do Fiber e de “outras apostas” do Google foram de US$ 802 milhões, com US$ 166 milhões em receita.

Levar internet para países de dimensões continentais como os EUA não é uma tarefa nem um pouco fácil, embora seja fundamental, e o Google merece elogios por tentar. Mas, até agora, as coisas não saíram mesmo como o planejado.

[The Information via Fast Company]

Foto via AP

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