A Alphabet finalmente mostrou o tamanho do negócio de propaganda do YouTube: US$ 15 bilhões em 2019

Pela primeira vez, a Alphabet, empresa-mãe do Google, deu uma ideia sobre o quanto as receitas do YouTube com publicidade representa para o grupo.
Logotipo do YouTube visto em SmarTV
Chris McGrath/Getty Images

A empresa dona do Google, a Alphabet Inc, revelou quanto os negócios de publicidade renderam ao YouTube pela primeira vez, detalhando alguns dados em documentos juntos à SEC (equivalente a CVM, Comissão de Valores Mobiliários, do Brasil), que a plataforma de vídeos arrecadou US$ 15,15 bilhões em receita de publicidade no ano fiscal de 2019. Apenas no quarto trimestre de 2019, o YouTube teve uma receita de US$ 4,79 bilhões.

A Alphabet resistiu por muito tempo a divulgar informações sobre o desempenho financeiro de suas subsidiárias, das quais as mais notáveis são o Google e o YouTube.

De acordo com o Marketwatch, a decisão da Alphabet parece ter sido forçada por regras implementadas em 2017 que exigem que os investidores recebam os mesmos resultados financeiros que o principal tomador de decisão da empresa; a companhia previamente afirmou que o CEO Larry Page não viu os resultados detalhados por unidade. Mas o CEO do Google, Sundar Pichai, foi promovido a CEO da Alphabet no ano passado após os cofundadores terem decidido que se afastariam das atividades do dia a dia da companhia, o que significa que a empresa não podia mais ocultar os dados dos investidores. Pichai e a diretora financeira, Ruth Porat, disseram que a justificativa oficial para a divulgação era fornecer “insights adicionais sobre nossos negócios”.

A receita de anúncios do YouTube em 2019 teve crescimento em relação a 2018, quando ficou com apenas US$ 11,6 bilhões de receita, segundo dados divulgados. (Esses registros não incluem outras receitas do YouTube, como o YouTube Music e o YouTube Premium que, coletivamente, têm 20 milhões de assinantes). Outros números divulgados na segunda-feira incluem a receita dos negócios em nuvem do Google, que está lutando contra a AWS (Amazon Web Service) e o Microsoft Azure. Essa divisão obteve pouco menos de US$ 8,91 bilhões em 2019, ante US$ 5,84 bilhões em 2018.

“Nossos investimentos em ciência da computação profunda, incluindo inteligência artificial, computação ambiental e computação em nuvem, fornecem uma base sólida para o crescimento contínuo e novas oportunidades em toda Alphabet”, escreveu Pichai no comunicado.

Os números indicam o tamanho do YouTube perante outros serviços de streaming — a título de comparação, a Netflix teve receita de US$ 20,16 bilhões em 2019 —, mas o desempenho geral da Alphabet no quarto trimestre de 2019 em US$ 46,07 bilhões em vendas não atendeu às expectativas dos analistas que era de US$ 46,94 bilhões. Esse é o pior crescimento de receita no quarto trimestre que a Alphabet já registrou desde 2015, de acordo com o Guardian.

Os negócios de hardware do Google também aparentemente não se saíram tão bem, com a CNET relatando que Porat mencionou “uma receita de hardware em declínio”, embora não seja claro no comunicado quais linhas de produtos específicas não estão indo bem.

No entanto, no fim das contas, a Alphabet entregou ganhos aos acionistas de US$ 15,35 por ação, superando as expectativas de US$ 12,53. Isso não foi o suficiente para conter uma queda nas negociações after market, com a Alphabet caindo mais de quatro por cento, de acordo com o Guardian.

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