Amazon apaga conta e e-books do Kindle de uma mulher e não explica os motivos
Os termos de serviço da Amazon basicamente lhe concedem privilégios divinos sobre seu conteúdo, mas não nos importamos muito ao comprar lá porque acreditamos que a empresa será benevolente com todo o seu poder. Não é sempre o que acontece. Esta é a história de uma usuária que teve a sua conta e todo o conteúdo do seu Kindle apagados sem nenhuma explicação.
O blogueiro de tecnologia Martin Bekkelund relata a infeliz saga da sua amiga “Linn”. Linn diz que recebeu um email de uma pessoa chamada Michael Murphy representando a Gerência de Relações com Consumidores da Amazon britânica. Murphy disse que a conta de Linn tinha sido removida porque estava relacionada com outra conta, que fora apagada devido a abusos das políticas da Amazon. O email termina com uma descrição dos direitos da Amazon:
Por nossas Condições de Uso, que atesta em parte: a Amazon.co.uk e seus afiliados se reservam o direito de recusar serviços, encerrar contas, remover ou editar conteúdo ou cancelar pedidos a seu exclusivo critério.
Linn não tinha ideia do que Michael Murphy estava dizendo e respondeu pedindo mais detalhes. O email seguinte do Sr. Murphy foi meio vago e não acrescentou muito:
Embora não possamos fornecer informações detalhadas sobre como chegamos à conexão entre as contas, por favor atente ao fato de que revisamos a sua conta no básico das informações providas e lamentamos informar que ela não será reaberta.
Em outras palavras, a conta de Linn já era e não há nada que ela possa fazer para descobrir o motivo. Além de banir Linn do gigantesco acervo da Amazon para sempre, a empresa também revogou seu acesso aos vários livros que ela tinha no Kindle. Lembre-se: só porque você gastou centenas ou mesmo milhares de dólares em e-books para o seu Kindle, você não tem, de fato, nenhum deles. Agradeça ao DRM da Amazon, a empresa que pode sequestrar as suas compras sempre que quiser.
Neil Gaiman não curtiu muito isso aí e… bem, é de se pensar. Não é a primeira vez que a Amazon faz coisa do tipo — lembra da história do 1984, de George Orwell? [Martin Bekkelund]