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O que a Amazon.com está fazendo para combater o problema de produtos falsificados

O site da Amazon nos EUA e na Europa permite que lojistas usem a plataforma, e anúncios de produtos falsos vêm causando problemas.

Há anos, o site da Amazon nos EUA e na Europa permite que lojistas utilizem a plataforma para vender diversos tipos de mercadorias. E em muitos casos são anunciados produtos falsificados, que já causaram diversos problemas. Finalmente a companhia irá tomar uma iniciativa para coibir essas vendas.

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De acordo com a Bloomberg, a Amazon está montando equipes nos EUA e na Europa para evitar que produtos falsos apareçam no site. O plano é criar um registro para marcas, que irá ajudar a garantir que as mercadorias vendidas sob um determinado nome sejam realmente fabricadas por aquela companhia. A Bloomberg explica:

A nova equipe da Amazon irá encorajar marcas – mesmo aquelas que não vendem na Amazon – a realizar o registro na loja online, disse uma das fontes. Uma vez registrada, a Amazon irá exigir que comerciantes que queiram listar esses produtos comprovem que eles possuem permissão da marca para vendê-los na internet.

A Amazon começou os testes com os registros no começo desse ano com a Nike e outras companhias. Uma iniciativa maior em 2017 irá mirar em milhares de grandes empresas, incluindo aquelas que vêm relutando em vender na Amazon por conta das falsificações.

Na semana passada, uma reportagem da CNET dizia que a Amazon tinha planos de coibir os vendedores de produtos falsos, e a companhia iria lançar algo chamado “Brand Central” para ajudar pequenas e grandes marcas a gerenciar suas propriedades intelectuais e evitar a venda de produtos falsos.

O problema com produtos piratas na Amazon é real e, de acordo com reportagens da CNBC, tem piorado. Em julho, a fabricante de sandálias Birkenstock deixou a Amazon porque era muito difícil policiar as vendas de calçados falsificados. Segundo a Bloomberg, o tema já afastou a MLB e a NFL (ligas de beisebol e futebol americano) de venderem seus itens no site. A Apple inclusive já processou a Amazon alegando a venda de carregadores falsos.

Em casos extremos, um produto pirata pode causar lesões ou estragar seu smartphone. Um carregador falso do iPhone pode iniciar um incêndio e um cabo USB-C talvez frite o seu laptop. Esses itens podem causar sérios problemas para pequenas empresas e criadores.

Esse é o passo mais recente da Amazon numa aparente tentativa de melhorar sua reputação com os consumidores. Há algumas semanas, a empresa iniciou pela primeira vez dois processos contra comerciantes que estavam vendendo produtos falsificados. E no mês passado, eles decidiram banir análises pagas que geralmente acompanham os anúncios dessas mercadorias.

O Gizmodo entrou em contato com a Amazon e um porta-voz disse que a companhia não tem nada a declarar sobre seus planos neste momento.

Vale notar que, no Brasil, a operação da Amazon se restringe a venda de livros e dos modelos do Kindle.

[Bloomberg]

Foto por AP

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