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AMD traz de volta Sempron e Athlon na plataforma AM1, sua nova empreitada de baixo custo

Na tal era pós-PC, certos termos da tecnologia já se entraram na gaveta chamada “nostalgia”. Entre gabinetes e botões turbo, os nomes Sempron e Athlon, usados por tanto tempo pela AMD, estavam lá na gavetinha. Não mais: numa mistura de passado e futuro, a empresa anunciou o retorno dos marcas, junto com o lançamento de […]

Na tal era pós-PC, certos termos da tecnologia já se entraram na gaveta chamada “nostalgia”. Entre gabinetes e botões turbo, os nomes Sempron e Athlon, usados por tanto tempo pela AMD, estavam lá na gavetinha. Não mais: numa mistura de passado e futuro, a empresa anunciou o retorno dos marcas, junto com o lançamento de sua nova plataforma de baixo custo, a AM1.

A AM1 é o resultado de uma interessante combinação: depois de popularizar as APUs, placas que já contam com processador, controlador de memória e placa gráfica embutida, a AMD criou uma maneira de fazer com que o processador dessas pequenas soluções (famosas por custo e consumo de energia baixos) possa ser substituído. Podemos chamar de “sistema em soquete”, já que é a primeira vez que um SoC (system on a chip) não é soldado. Assim, pequenos processadores para usos diferentes poderão ser comprados e atualizados.

E é aí que surge o retorno do Sempron e do Athlon: serão 4 opções de novos processadores, 2 Athlon e 2 Sempron. A tabela abaixo mostra o poder de processamento de cada um deles…


…e, talvez o mais importante, na última linha, o preço (em dólares). US$59 (ou R$130) no modelo mais poderoso, e US$35 (R$77) no modelo mais básico. Com as placas-mãe AM1 tendo um preço estimado entre US$25 e US$35, a AMD quer que todas as fabricantes (e os sobreviventes micreiros e, mais recentemente, os loucos por HTPCs) consigam criar uma máquina média, porém forte, gastando bem pouco – e ainda tendo a possibilidade de atualizar suas máquinas com o tempo. Além disso, pelo tamanho reduzido, pela versão enxuta e pela eliminação de processos repetitivos no caminho dessa solução, os novos processadores têm consumo de energia aproximado de 25W.

Durante o lançamento da AM1, no Texas*, os executivos da AMD não pouparam esforços para mostrar como o AM1 bate combinações de baixo custo da Intel com placas de entrada da Nvidia, tanto em performance como em preço. Na comparação mais direta entre as duas empresas, um executivo da AMD mostrou como o jogo Pro Evolution Soccer 2014 rodava em um AMD Athlon 5350 com uma Radeon R3 contra um computador com Intel Celeron G1610 com uma Nvidia G210. No telão, pelo menos, a AMD ganhou de goleada. Mas, mais importante do que essa rixa entre as fabricantes, foi importante ver que mesmo processadores e placas de vídeo de entrada, com custo bem abaixo do que estamos acostumado a ver em placas de alto nível (oras, a AMD anunciou uma placa de US$1.500 ontem!), são capazes de rodar jogos mais recentes.

Como o preço indica, a plataforma AM1 é focada em mercados emergentes, o que inclui nosso Brasilzão. Nas próximas semanas, espere ver por aí uma enxurrada de Micro-ATX e Mini-ATX vendidas por Asus, Gigabyte e outras empresas parceiras da AMD. A disputa pelo mundo pós-PC continua, e a AMD acredita que um dos caminhos é mostrar que nunca foi tão fácil montar um pequeno computador guerreiro para morar na sua sala de estar.

*O jornalista viajou para Austin a convite da AMD.

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