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[Review] Samsung Galaxy S21: o smartphone topo de linha para comprar se você curte Android

Com várias fabricantes saindo do mercado, o Galaxy S21 se posiciona como a opção de entrada entre os smartphones Android topo de linha.

Samsung Galaxy S21. Imagem: Sam Rutherford (Gizmodo)

Imagens: Sam Rutherford (Gizmodo)

Ao lançar seu mais novo carro-chefe agora no início deste ano, a Samsung quer fazer uma declaração com o Galaxy S21. Basta olhar para o mercado de smartphones Android no segmento premium: a LG cogita a possibilidade de vender sua divisão móvel; a OnePlus está unindo forças com a Oppo para fazer aparelhos verdadeiramente únicos. E o Google não fez nenhum anúncio de impacto no setor ao optar por ficar na linha entre intermediário e premium com o Pixel 5. Isso sem mencionar outras fabricantes que um dia viram como é estar no topo e hoje caíram no esquecimento, como é o caso da HTC.

O Galaxy S21 apresenta um novo design, uma bela tela com uma taxa de atualização variável de 120 Hz, um sensor de impressão digital amplamente aprimorado e um preço inicial mais baixo, de apenas US$ 800 – isso lá nos EUA. Mesmo que a Samsung tenha abandonado alguns recursos adorados pelos fãs, o Galaxy S21 parece ser a opção ainda mais óbvia para quem quer comprar um telefone Android topo de linha.

Samsung Galaxy S21

O que é
O modelo de entrada da linha premium de smartphones da Samsung

Preço
Nos EUA, a partir de US$ 800

Gostei
Mais durável; design leve; processamento de imagem aprimorado; toneladas de recursos premium; resistência IP68 contra água e poeira; sensor de impressão digital repaginado; taxa de atualização variável de 120 Hz; conectividade 5G

Não gostei
Sem slot para cartão microSD; sem entrada para fone de ouvido; não inclui adaptador de tomada; a bateria poderia ser um pouco melhor

Ame ou odeie, o chassi redesenhado do S21 é certamente único e vem com algumas vantagens notáveis ​​quando se trata de durabilidade. Com um novo módulo de câmera, a Samsung conseguiu combinar a caixa da câmera do S21 com o resto do chassi de metal do telefone, o que deve oferecer maior durabilidade e ajudar a evitar o vidro rachado que algumas pessoas experimentaram com o Galaxy S20. E, ao contrário de tantos telefones premium, em vez de usar Gorilla Glass 7 na frente e atrás, a parte traseira do S21 padrão é feita de plástico. Então, se você deixá-lo cair, pode ficar com um amassado, mas o corpo não deve se transformar em um milhão de cacos.

Com sua tela de 6,2 polegadas, novo acabamento fosco e a leveza adicional que você obtém do plástico, sinto que o S21 oferece a combinação perfeita entre tamanho e usabilidade. Mesmo para alguém com mãos de tamanho médio, o S21 nunca parece pesado. Se você adora telefones de tela grande, pode partir direto para o S21+, que possui um display de 6,7 polegadas, embora eu ainda não tenha tido a chance de verificar o modelo maior pessoalmente.

A maior atualização no S21, porém, é o novo display VRR da Samsung, que agora pode ajustar dinamicamente sua taxa de atualização entre 40 Hz e 120 Hz, permitindo que o smartphone mostre os conteúdos visuais de uma maneira mais fluida sem usar necessariamente toda a capacidade. Para efeito de comparação, o S20 era travado em 120 Hz. O resultado é que, mesmo que você esteja apenas navegando nas redes sociais, o texto flui de um jeito extremamente natural. É como uma massagem para os olhos. E com um brilho excelente que atingiu picos de 850 nits em nossos testes, junto com cores ricas e saturadas, a tela do S21 é incomparável entre os telefones Android.

No entanto, por melhor que seja a tela do S21, ela vem com uma compensação: a resolução diminuiu em relação ao ano passado, para 2.400 x 1.080. Na maioria das circunstâncias, talvez você nem perceba essa diferença, mas se você realmente olhar os pixels ou ter uma visão mais apurada, vai notar um pouco menos de nitidez do que antes. Mesmo assim, por mais que eu desejasse que a Samsung não fizesse esse tipo de downgrade, tenho que admitir que, dada a escolha entre uma resolução um pouco mais alta ou a nova tela do S21, fico com os 120 Hz máximos.

Por baixo do painel, o leitor de impressão digital na tela do S21 também recebeu uma grande atualização com um novo sensor. Pode não parecer muito maior do que antes, mas na verdade é 1,7 vezes maior do que no S20. A velocidade do sensor parece visivelmente mais rápida, o que é suficiente para transformar esse recurso que muitos ainda pensam ser um pouco desinteressante em um destaque genuíno.

A Samsung até refinou detalhes minúsculos ao remover as polêmicas bordas arredondadas usadas em telefones Galaxy anteriores, mas ainda mantendo espaço para um pequeno ponto que abriga a câmera selfie de 10 MP na tela frontal.

Com a câmera traseira do S21, que possui os mesmos sensores de antes (principal de 12 MP, grande-angular de 12 MP e teleobjetiva de 64 MP com zoom ótico de 3x), a Samsung pegou emprestada a estratégia do Google de usar os mesmos componentes de aparelhos anteriores, mas melhorando os algoritmos do S21 e o processamento da câmera.

No mundo real, isso significa que o S21 oferece equilíbrio de branco mais preciso e um modo noturno mais poderoso, com a Samsung ainda acrescentando vários recursos de câmera renovados. Portanto, além de um novo Modo Retrato com ferramentas como iluminação de estúdio (que está substituindo o velho modo Live Focus da Samsung), há também uma nova Visualização do Diretor para ajudá-lo a filmar vídeos no estilo vlog (com controles para gravação nas câmeras frontal e traseira), e até mesmo um modo de tomada única reformulado que pode filmar clipes em câmera lenta enquanto tira até 10 fotos diferentes em um segundo.

Mas a verdadeira lição que tive depois de testar o S21 frente a frente com o Pixel 5 é que a Samsung basicamente alcançou o processamento de imagem do Google, ao mesmo tempo que oferece uma gama mais ampla de lentes e recursos ajustáveis. Em uma foto de um sushi, você pode ver as vantagens do otimizador de cena da Samsung, que capturou cores mais quentes e francamente mais apetitosas, sem perder muito ou nenhum detalhe.

O mesmo vale para uma foto que tirei de um grafite, onde a S21 corrigiu com mais precisão os tons frios de uma imagem em um dia nublado, resultando em uma foto mais brilhante e colorida. E mesmo à noite, onde o modo de visão noturna com pouca luz do Google tradicionalmente oferece uma vantagem significativa, a imagem do S21 era um pouco mais granulada, mas ficou indiscutivelmente mais nítida e produziu uma imagem final que não decepcionou.

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Sob o capô, os modelos do Galaxy S21 nos EUA são os primeiros aparelhos a apresentar o novo processador Snapdragon 888 da Qualcomm – no Brasil, a versão que será vendida deve ser com o chipset Exynos 2100. Quando combinado com uma memória RAM de 8 GB e 128 GB de armazenamento, o desempenho do S21 atingiu um ponto onde praticamente qualquer tipo de aplicativo ou tarefa diária não apresenta nenhum tipo de travamento. Dito isso, em testes sintéticos, como o Geekbench 5, o chip A14 da Apple ainda está no topo, com o iPhone 12 alcançando pontuações multicore de 4.103, contra 3.528 do S21. Felizmente, em vez de desempenho bruto, o S21 pode usar seu novo chip para outras tarefas de uso intensivo, como gravação de vídeo em 8K, que é uma atualização bem-vinda, embora um tanto de nicho.

Neste ponto, tudo sobre o S21 soa como um verdadeiro deleite até agora, mas existem dois outros pontos onde a Samsung recuou um pouco. O primeiro é a duração da bateria do S21, que durou 12 horas e 36 minutos em nosso teste. No uso diário mais típico, descobri que a resistência do S21 ainda era mais do que suficiente para durar um dia inteiro. No entanto, com a eficiência energética adicional fornecida pelo novo chip da Qualcomm, eu esperava mais.

O outro passo para trás é aquele que pode parecer um obstáculo para os fãs de longa data da linha Galaxy. Este ano, a Samsung removeu a possibilidade de usar cartões microSD para ampliar a capacidade interna do dispositivo, o que significa que o armazenamento que você comprar será tudo o que estará disponível. A única vantagem dessa mudanç é que se você quiser atualizar para 256 GB de armazenamento, custa apenas US$ 50 extras, em comparação com um iPhone 12, que ainda vem com apenas 64 GB de armazenamento básico e custa US$ 150 para atualizar para 256 GB.

Além disso, em um movimento que reflete a decisão da Apple de não incluir mais adaptadores de energia com o iPhone 12, a Samsung também não está mais vendendo blocos de carregamento com a linha Galaxy S21. É uma decisão controversa, mas como os conectores de fones de ouvido e slots microSD, os adaptadores de energia estão se extinguindo e parece que não há nada que possamos fazer sobre isso.

Mesmo com uma ausência e outra aqui e ali, o Galaxy S21 é um dispositivo primoroso. Possivelmente, ele tem o conjunto de recursos mais completo disponível em qualquer smartphone Android, incluindo uma nova tela sofisticada, design renovado e suporte para conectividade 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2 e muito mais. Com a previsão de outras fabricantes saírem do mercado de telefones móveis, a Apple promete se tornar a única verdadeira rival da Samsung no campo de topos de linha. Isso significa que, para usuários de Android que procuram um aparelho realmente avançado, o Galaxy S21 é sua escolha padrão.

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