Após censura digital, museus publicam obras de nudez no OnlyFans

O conselho de turismo da cidade tomou a decisão depois de ter sido censurado no Instagram e Facebook
Imagem: OnlyFans

Em meio à crescente repressão de algumas redes sociais às obras explícitas dos museus de Viena, o conselho de turismo da Áustria, achou um jeito de driblar a censura divulgando as peças no OnlyFans.

Os amantes da cultura podem ver uma coleção de obras por apenas 4,99 dólares por mês. Obras de Amedeo Modigliani, Egon Schiele, Richard Gerstl, Koloman Moser e outros artistas foram proibidas anteriormente nas redes sociais, como relatou a NBC. E apesar da censura, os museus disseram que muitas dessas peças não são de natureza sexual.

A Galeria Albertina teve sua conta no TikTok banida recentemente por mostrar uma foto de um seio feminino, trabalho do fotógrafo japonês Nobuyoshi Araki. Depois do episódio, a entidade também aderiu a rede conhecida por seu conteúdo mais liberal. 

Assim como o Leopold Museum, que foi advertido por postar obras de arte contendo nudez. Em 2018 a fotografia do Museu de História Natural da estatueta de Vênus de Willendorf com 25 mil anos foi considerada pornográfica pelo Facebook e removida da plataforma, segundo o The Guardian.

À reportagem, Helena Hartlauer, porta-voz do Conselho de Turismo de Viena, disse que a mídia social foi uma ferramenta muito importante para os museus continuarem exibindo arte, ao mesmo tempo que aderem às diretrizes de distanciamento social. 

Segundo Hartlauer, as entidades podem sim trabalhar sem essas publicações, contudo “as obras são cruciais e importantes para Viena — quando você pensa no autorretrato de Schiele de 1910, por exemplo, essa é uma das obras mais icônicas. Se eles não podem ser usados em ferramentas de comunicação tão fortes quanto as mídias sociais, isso soa injusto e frustrante.”

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E como forma de incentivar as assinaturas do “conteúdo para maiores de 18 anos de Viena” o museu dá ao interessado um Vienna City Card ou um ingresso para ver uma das obras de arte pessoalmente. Além de espalhar a cultura, Hartlauer aponta que a conta no OnlyFans é um protesto para que as redes sociais repensem seus padrões de censura.

[NBC News]

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