Após protestos dos funcionários, Disney se posiciona a favor da comunidade LGBT

Declaração vem após empresa acumular polêmicas envolvendo a comunidade LGBT nas últimas semanas. Entenda
Disney

Depois de se envolver em diversas polêmicas, como denúncias de censura em seus filmes e apoio — ainda que indireto — a projetos de lei anti-LGBT nos Estados Unidos, a Disney vem enfrentando protestos uma por parte dos funcionários. Por esse motivo, a empresa resolveu se posicionar a favor da comunidade LGBT. 

Por meio do perfil @disneyparks no Instagram, a Disney publicou uma resposta aos protestos, afirmando que não apoia nenhum tipo de discriminação. Confira a declaração na íntegra:

“Para todos que chegam neste lugar feliz, sejam bem-vindos. A Disney Parks, Experiences and Products está comprometida em criar experiências e apoiar valores familiares para cada família, e não apoiaremos discriminações de qualquer tipo. Nós nos opomos a qualquer legislação que ofenda direitos humanos básicos, e nos solidarizamos com a nossa comunidade LGBTQIA+ de funcionários e fãs que fazem suas vozes serem ouvidas hoje e todos os dias”.

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A declaração acontece após funcionários dos parques da empresa organizarem manifestações e greve nesta terça-feira (22). O alvo principal é o apoio da empresa à lei discriminatória que ficou conhecida como “Don’t Say Gay” (Não Diga Gay, em tradução livre).

Mesmo após a declaração nas redes sociais, a conta @DisneyWalkout do Twitter, usada de forma anônima por funcionários dos parques na organização dos protestos, publicou que algumas pessoas não estavam se sentindo seguras em fazer parte das manifestações pois “[alguém] tinha dito a elas que não poderiam utilizar broches do Mickey do orgulho LGBTQIA+ para demonstrar apoio”.

O manifesto acontece após a empresa ter sido acusada porfuncionários LGBTQIA+ dos estúdios de animação Pixar de cortar cenas LGBT em animações. As declarações constam em uma carta atribuída a membros da equipe de produção do estúdio. 

O grupo intitulado Disney Do Better Walkout lançou um site oficial com uma carta de exigências e instruções para funcionários também aderirem ao protesto. “Fomos forçados a uma posição impossível e insustentável. Precisamos, agora, agir para convencer a Disney a proteger seus funcionários e suas famílias diante desse preconceito descarado e sem remorso”, disse.

Durante os protestos, os funcionários pediram ações mais assertivas da Disney para impedir que o projeto de lei discriminatório Don’t Say Gay (que tem como intuito o banimento de qualquer tipo de debate sobre gênero e sexualidade nas escolas do país) continuasse a ganhar força, e que a empresa pare de financiar políticos que ajudaram a disseminar o projeto.

Bob Chapek, o diretor executivo da Disney, pediu desculpas aos funcionários e se comprometeu a repensar as políticas de financiamento da companhia. Ele também afirmou que a empresa não iria mais fazer doações no estado da Flórida. 

Outros segmentos da Disney, como a Marvel e o serviço de streaming Hulu também publicaram declarações em solidariedade à comunidade LGBTQIA+.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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