Após TV e streaming, vem aí a “chave de carro por assinatura”

Toyota inclui recurso de inicialização remota de seus veículos em pacote de assinatura que custará 8 US$ (R$ 45) ao mês. Vai pegar?
Imagem: Reprodução

As pessoas estão acostumadas a assinar vários serviços de streaming para ouvir suas músicas e podcasts favoritos, séries e os filmes mais populares do momento.

Mas já pensou se fosse necessária a assinatura de um serviço premium para destrancar as portas de seu carro? Pois é, isso não está tão distante da realidade.

A Toyota está incluindo a função de inicialização remota do chaveiro de seus carros em um pacote de assinatura.

Boato que se confirmou

A informação surgiu inicialmente no Reddit e gerou desconfiança dos usuários da plataforma, que a classificaram como desinformação. No entanto, a notícia foi confirmada pela própria Toyota, que através de um representante informou que proprietários de veículos fabricados pela montadora a partir de 2018, e que possuam o recurso de inicialização remota, vão precisar estar dentro de um pacote premium para que todas as funções do chaveiro estejam disponíveis para uso.

Ondas de rádio

Para usar as funções do chaveiro não é necessária conexão com internet. A tecnologia por trás do funcionamento do dispositivo consiste na transmissão de ondas de rádio de curto alcance para se comunicar com o carro, possibilitando que o usuário tranque, destranque as portas e também dê partida no automóvel.

Agora, para utilizar todas essas funções os donos dos veículos da Toyota precisam estar dentro dos planos Audio Plus ou Premium Audio.

A empresa fornece uma versão gratuita para testes de cada um dos planos no momento em que o proprietário adquire seu veículo, para o Audio Plus, os usuários têm três anos de período gratuito de testes, enquanto no Premium esse período salta para dez anos.

Após o período de testes o usuário precisará assinar um plano para utilizar a Conexão Remota (Remote Connect), com um plano mensal que custa US$ 8 (R$ 45,50) ou anual de US$ 80 (R$ 455).

O mais estranho de tudo é justamente o fato do recurso não precisar de conexão de internet ou de emparelhamento com outro dispositivo eletrônico, como um smartphone, para justificar a cobrança pela assinatura.

Resta acompanhar os próximos capítulos dessa história para ver se a moda de assinatura para destravar recursos do carro vai pegar e outras montadoras seguirão um caminho parecido. Ou se será mais uma tentativa de uma empresa em um modelo de arrecadação de recursos que não terá sucesso.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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