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App alemão para rastreamento de contatos de infectados pelo coronavírus deve ser lançado esta semana

A Alemanha lançará em breve seu aplicativo de smartphone para rastreamento de coronavírus, anunciou o ministro da Saúde do país, Jens Spahn, no domingo (14). “Chegará esta semana”, disse Spahn à televisão ARD, embora tenha recusado confirmar uma possível data de lançamento na terça-feira, segundo a Reuters. Desenvolvido em cooperação com a Deutsche Telekom e […]

Viajantes usam máscaras no aeroporto de Frankfurt na Alemanha. Foto: Thomas Lohnes/Getty Images

A Alemanha lançará em breve seu aplicativo de smartphone para rastreamento de coronavírus, anunciou o ministro da Saúde do país, Jens Spahn, no domingo (14).

“Chegará esta semana”, disse Spahn à televisão ARD, embora tenha recusado confirmar uma possível data de lançamento na terça-feira, segundo a Reuters.

Desenvolvido em cooperação com a Deutsche Telekom e a empresa de software SAP, o aplicativo alemão funciona de maneira semelhante a outros que estão sendo desenvolvidos em vários países. Ele usa Bluetooth de curto alcance para notificar as pessoas que estão dentro do alcance do smartphone de um usuário se ele tiver testado positivo para COVID-19 e registra essas informações no aplicativo.

Na corrida para mapear a propagação do vírus e desenvolver maneiras de contê-lo, as autoridades federais de todo o mundo, da Índia à Itália e ao Reino Unido, começaram a desenvolver e implantar seus próprios aplicativos de rastreamento de contatos de diferentes graus orwellianos.

O debate é como esses aplicativos estatais deveriam funcionar. Embora sempre haja perigos inerentes ao transmitir e receber dados de uma população tão grande, especialistas em privacidade argumentam que o rastreamento via dados de GPS ou tecnologia mais invasiva tem uma maior probabilidade de colocar em risco os dados dos usuários do que usar Bluetooth, uma vez que, ao usar esse recurso, não é necessário recorrer a um banco de dados centralizado (e, portanto, hackável).

Na Alemanha, garantir que o aplicativo funcionasse nas distâncias corretas usando Bluetooth causou vários atrasos no desenvolvimento, segundo autoridades do governo. Spahn acrescentou que essa ferramenta teria um papel vital na prevenção de uma segunda onda potencial de infecções.

Até a presente data, o país viu cerca de 187 mil casos e 8.800 mortes por coronavírus. Em comparação com outros países, a Alemanha conseguiu manter um número de mortes por COVID-19 relativamente baixo, graças a esforços de testes em larga escala e medidas rigorosas de distanciamento social.

Na segunda-feira (15), a Alemanha planeja relaxar sua proibição geral de viagens a visitantes de outros países da União Europeia e da Grã-Bretanha. No futuro, adaptará conselhos de viagem específicos para cada país individualmente, como parte de uma reabertura nacional controlada.

“Precisamos do equilíbrio certo”, disse Spahn, acrescentando que a reabertura local e a restauração dos serviços religiosos já resultaram em alguns surtos.

A Apple e o Google se uniram em abril para desenvolver uma API de rastreamento de contatos para empresas e organizações de saúde pública usarem em seus aplicativos de rastreamento de coronavírus, e desde então ela está integrada em 23 países.

Até o momento, os EUA têm hesitado muito mais do que outras nações em adotar a tecnologia de rastreamento de contatos como parte de sua resposta de emergência — e alguns argumentam que é por um bom motivo.

[Reuters]

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