Como um app besta chamado “Yo” quer mudar a forma como nos comunicamos

Um app simples e de certa forma besta chamou bastante a atenção recentemente. É o Yo, que promete revolucionar a forma como nos comunicamos. Ele funciona assim: você manda um “Yo” para outra pessoa, e ela pode responder com um “Yo”. É isso. O app foi lançado no dia 1º de abril e inicialmente foi […]

Um app simples e de certa forma besta chamou bastante a atenção recentemente. É o Yo, que promete revolucionar a forma como nos comunicamos. Ele funciona assim: você manda um “Yo” para outra pessoa, e ela pode responder com um “Yo”. É isso.

O app foi lançado no dia 1º de abril e inicialmente foi tratado como piada, mas na verdade ele é bem sério, e realmente tem essa ideia de ser o futuro da comunicação. Nosso colega Rodrigo Ghedin, do Manual do Usuário, falou um pouco sobre ele na semana passada, e agora o Business Insider publicou um artigo contando um pouco mais sobre a sua criação.

O idealizador do Yo é Moshe Hogeg, CEO da Mobli, uma empresa de Tel Aviv. Certo dia ele buscava uma maneira de entrar em contato com sua esposa e com seu assistente de maneira simples via smartphone. Poderia mandar uma mensagem de texto? Não era o que ele queria – isso faria com que fosse iniciada uma conversa mais longa do que ele estava disposto a ter. Então que tal criar um app simples que só envia um pequeno sinal para a outra pessoa?

Inicialmente, o app besta seria usado apenas por Hogeg, seu assistente e sua esposta. O rapaz pediu a Or Arbel, um engenheiro da Mobli, para criar o app. Arbel se recusou. Era estúpido demais, ninguém usaria, disse o programador. Nas semanas seguintes, Hogeg insistiu para Arbel criar o app, e o rapaz acabou cedendo. Em oito horas, ele apresentou o “Yo” para Hogeg – a ideia era apenas um sinal simples, poderia ser inclusiva um “!”, mas Arbel acabou evoluindo o conceito e criou o “Yo”.

O app era bem rudimentar. Ele não tinha ícone, nem uma maneira de fazer login. Ele só permitia procurar por amigos e enviar um “Yo”. Eles decidiram publicar o app. Mas por conta própria – sem envolver o nome da Mobli. “Na Mobli, fazemos tecnologia séria”, explicou Hogeg. Aparentemente, seriedade não é bem o negócio do Yo.

Quando tentaram colocar o app no ar, a Apple se recusou a adicioná-lo na App Store, alegando que ele não tinha nada demais. A dupla insistiu que a simplicidade era o grande trunfo do Yo, e ele acabou sendo publicado – está lá até hoje, e também tem versão para Android. Mas quem vai querer usar uma besteira dessas? Muita gente. Um mês após entrar na App Store, o Yo virou uma pequena febre em Tel Aviv – 20.000 pessoas já se comunicavam com amigos apenas através de Yo. Robert Scoble, um blogueiro dos EUA, visitou Hogeg em maio, conheceu o app e declarou: “Esse é o app mais estúpido e viciante que já vi em minha vida”. E o contato de Scoble com o Yo iniciou sua expansão para o Vale do Silício nos EUA: ele postou sobre o app em seu Facebook, e logo pessoas do outro lado do mundo também enviavam Yo para os amigos.

E, ganhando força nos EUA, logo vieram potenciais investidores questionando o conceito por trás do app. Arbel e Hogeg passaram a levá-lo a sério a partir daí. O engajamento dos usuários com o Yo era algo jamais visto por empresários – e por isso eles se interessaram pela ideia. Eles ainda não conseguiram financiamento, mas grupos já prometeram US$ 1,2 milhão para o desenvolvimento futuro do Yo.

E como as pessoas usam o Yo? É simples: pense nele como um simples sinal. Sabe quando um amigo fala “dá um toque quando chegar em casa”, ou algo assim? Envie um Yo. Mande um Yo para avisar que está pensando na sua namorada. Há sempre um contexto por trás de cada “Yo”, e é aí que ele pretende “revolucionar a comunicação.”

Mas será que consegue? Nem mesmo os criadores do app confiam muito nisso. Atualmente, mais de 500.000 pessoas usam o app, e elas já enviaram mais de 4 milhões de Yo. Mas primeiros usuários do Yo diminuíram muito o ritmo de uso, isso quando não apagaram do smartphone. “Gimmicks não sobrevivem”, diz Hogeg, reconhecendo que pode ser apenas uma moda passageira. Ainda assim, empresários parecem interessados em apostar no seu futuro. Se vai dar certo, não sabemos – mas talvez daqui a alguns anos um simples Yo seja a resposta para essa pergunta. Yo. [Business Insider]

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