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Apple deixará de liberar números de vendas de iPhones, iPads e Macs

A Apple revelou, na última quinta-feira (1º), os números do último trimestre fiscal do ano e a projeção de seus resultados financeiros para a temporada pós Natal. A companhia vendeu mais iPhones neste último trimestre se comparado com o mesmo período do ano anterior, porém o crescimento foi praticamente insignificante. Já a expectativa para o […]

Alex Cranz/Gizmodo

A Apple revelou, na última quinta-feira (1º), os números do último trimestre fiscal do ano e a projeção de seus resultados financeiros para a temporada pós Natal.

A companhia vendeu mais iPhones neste último trimestre se comparado com o mesmo período do ano anterior, porém o crescimento foi praticamente insignificante. Já a expectativa para o ano que vem é cautelosa, principalmente por incertezas macroeconômicas nos países emergentes, incluindo o Brasil.

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A companhia sinalizou que não irá liberar mais números de vendas de iPhones, iPads e Macs, o que causou preocupação dos acionistas. Segundo a marca, as vendas estão se concentrando em pacotes que incluem serviços de assinatura como iCloud e Apple Music.

Sem esses números, é impossível calcular o ticket médio na venda dos smartphones, por exemplo. Esses dados são fortes indicadores do sucesso da empresa no trimestre. O analista Walter Piecyk da BTIG Research disse à Reuters que “as empresas geralmente param de liberar métricas quando elas estão prestes a mudar de rumo”.

A decisão e as projeções para o futuro fizeram com que as ações da companhia caíssem – a Apple chegou a ficar com o valor de mercado abaixo dos US$ 1 trilhão na quinta-feira. Neste momento, os papeis já recuperaram o valor.

Neste quarto trimestre fiscal foram vendidos 46,9 milhões de iPhones. O número foi maior do que o do mesmo período do ano passado (46,7 milhões), mas menor do que as expectativas dos analistas (47,5 milhões), de acordo com a FactSet. O preço médio dos iPhones, por outro lado, foi alto: US$ 793.

A Apple disse que receitas vindas de serviços, que inclui o iCloud, App Store e Apple Music, chegaram a US$ 10 bilhões. Essa é uma área importante porque analistas preveem que o mercado de smartphones já está ficando saturado.

O ano fiscal de 2018, que termina em setembro, foi positivo para a Apple. As receitas atingiram US$ 265,6 bilhões, com lucros de US$ 11,91 por ação.

Expectativas

Em entrevista à Reuters, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que a Apple está “enxergando algumas fraquezas macroeconômicas em alguns mercados emergentes”. Na conferência com acionistas, ele disse que esses mercados incluem Brasil, Índia, Rússia e Turquia.

A expectativa é que o primeiro trimestre fiscal de 2019 gere entre 89 e 93 bilhões de dólares em receitas, o que é relativamente conservador, dada a linha de produtos lançada pela empresa. “Praticamente todas as moedas estrangeiras desvalorizaram em relação ao dólar nos últimos 12 meses” disse o CFO da Apple, Luca Maestri.

[Reuters]

Imagem do topo: Alex Cranz/Gizmodo

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