Apple limita compra em até dois iPhones em meio à crise do coronavírus

Segundo relatos, ainda é possível comprar mais de dois iPhones na loja online da Apple, mas eles devem ser de modelos diferentes.
Homem posa ao lado de iPhone 11. Crédito: PHILIP FONG/AFP via Getty Images
Crédito: Getty/AFP

No início deste mês, a Apple já havia sinalizado uma possível falta de iPhones devido ao surto de coronavírus (COVID-19), considerando que a cadeia de suprimentos da empresa depende fortemente de fábricas na China, onde o vírus se originou e teve um forte impacto, resultando na paralisação de muitas atividades.

Na semana seguinte, à medida que a situação parecia abrandar no país em que o surto começou, mas se intensificar na Europa e no resto do mundo, a Apple informou que fecharia todas as suas lojas fora da China. Agora, em uma tentativa de atender o máximo de clientes possível e, provavelmente, impedir que as pessoas se aproveitem da situação para comprar grandes quantidades de iPhones e revender por um valor mais alto posteriormente, a empresa decidiu limitar o número de aparelhos a no máximo dois por pessoa.

Segundo relatos de pessoas nos EUA e em outros países que tentaram comprar na loja online da Apple, ainda é possível comprar mais de dois aparelhos, mas eles devem ser de modelos diferentes. De acordo com a CNBC, a medida se aplica ao iPhone 8, iPhone 8 Plus, iPhone XR, iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Max. A última vez que a companhia implantou uma medida dessas foi em 2007, quando o iPhone foi lançado, conforme observa a Reuters.

Ciente dos impactos da pandemia de coronavírus no mundo, a Apple já havia alertado investidores de que sua receita trimestral seria abaixo dos US$ 67 bilhões projetados para o período. Apesar de não revelar números, o comunicado foi feito em fevereiro, quando o coronavírus ainda nem era considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, a revisão dessa estimativa pode estar ainda mais pessimista agora.

Uma pesquisa realizada pela consultoria IDC revelou que pode haver uma queda de 5% a 10% nas vendas de dispositivos móveis na América Latina devido ao coronavírus. Outro estudo da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) também mostrou que 70% das empresas de eletroeletrônicos no País já enfrentam problemas com recebimento de materiais da China, sendo que parte delas já operava com paralisação parcial em suas fábricas ou planejava fazer isso em breve.

[Reuters]

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