Ciência

Arqueólogos descobrem na China tumba de rei pré-histórico de 5.000 anos

Artefatos de jade e cerâmica encontrados na tumba dão pistas sobre as dinâmicas sociais e comerciais da China no período neolítico.
Imagem: Xinhua/Reprodução

Nas ruínas do sítio arqueológico de Wangzhuang, em Yongcheng, na China, arqueólogos descobriram uma tumba que pode ter sido de um rei pré-histórico há 5.000 anos.

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Identificada pelos arqueólogos como M27, a tumba de grandes dimensões e com uma vasta quantidade de artefatos é pertence à cultura neolítica Dawenkou, que existiu entre 4.300 e 2.600 a.C.

Devido ao seu tamanho, entre 4,52 × 4,8 metros de comprimento e 3,47 × 3,68 metros de largura, bem como à quantidade de artefatos valiosos, os arqueólogos acreditam que a tumba pertencia a um rei pré-histórico, ou algum membro da elite.

Artefatos na tumba sugerem rei pré-histórico na China

Os arqueólogos descobriram mais de 350 artefatos no interior da tumba, incluindo 200 ornamentos de jade, que indicam alto valor social. Na China, jade é uma joia que remete à posição social e usada para decorações caras. Além disso, arqueólogos já encontraram artefatos de jade de mais de 5.000 mil anos em sítios da cultura Dawenkou, como na tumba do suposto rei.

Contudo, o que dá mais relevância à descoberta é a junção aos outros artefatos. Além dos ornamentos de jade, os arqueólogos encontraram mais de 100 peças de cerâmica e inúmeras mandíbulas de porco, que também simbolizavam riqueza na China neolítica.

A diversidade dos artefatos sugere, além de riqueza e status, interações com outras culturas. Em entrevista ao portal China Daily, Zhu Guanghua, um dos arqueólogos que achou a tumba, afirma que “o sítio de Wangzhuang era um centro importante de trocas culturais”.

Artefatos de jade e cerâmica na tumba. Imagem: Xinhua/Reprodução

Além disso, essa tumba indica que as ruínas não eram um assentamento pré-histórico comum, mas, sim, “a capital de um reino pré-histórico”.

Curiosamente, a tumba sofreu danos propositais pouco tempo após sua construção. De acordo com os arqueólogos, os restos mortais do suposto rei foram quase totalmente removidos e vários itens foram destruídos.

As hipóteses sugerem atos de vandalismo ou rivalidades, que refletem as dinâmicas sociais complexas do período.

Apenas neste ano, arqueólogos descobriram 45 tumbas da cultura Dawenkou, com 27 já escavadas. Por isso, a tumba de 5.000 anos do possível rei pré-histórico da China recebeu o nome de M27.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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