Art Selfie: Google ajuda a achar obra de arte que mais se parece com você

Lá no início do ano, a gente falou que o Google lançou nos Estados Unidos o Art Selfie, um recurso do app Arts & Culture que com uma selfie mostra imagens de obras de arte correspondentes à sua foto. Agora, a funcionalidade finalmente chega ao Brasil que, por sinal, é o primeiro país da América […]

Lá no início do ano, a gente falou que o Google lançou nos Estados Unidos o Art Selfie, um recurso do app Arts & Culture que com uma selfie mostra imagens de obras de arte correspondentes à sua foto. Agora, a funcionalidade finalmente chega ao Brasil que, por sinal, é o primeiro país da América Latina a receber o recurso.

Batendo um papo com o Watson sobre obras de arte na Pinacoteca de São Paulo

Para usar o Art Selfie, é necessário instalar o app Arts & Culture, que está disponível para iOS e Android. Basta rolar a página que vai aparecer a opção: “Pesquisar com sua selfie”. O aplicativo vai pedir permissão para utilizar a câmera do smartphone e abrir o sensor frontal. Aí basta tirar uma foto e aguardar a ferramenta de machine learning do Google pesquisar qual imagem mais se parece com a sua. Geralmente, aparecem uns cinco resultados, do que mais se parece ao que se parece menos.

Se eu fizer o teste, quer dizer que o Google vai guardar minha selfie? Não. Pelo menos é isso o que a empresa garante. “Nós apenas a comparamos com milhares de retratos de nossa base de dados e em seguida a apagamos. Não usamos nada além disso”, disse Phil Sharp, head de produto do Google Arts & Culture, durante lançamento da funcionalidade no Brasil.

Nos Estados Unidos, a funcionalidade foi alvo de polêmica em dois Estados: Illinois e Texas. Ambos os locais contam com legislações restritas para identificação biométrica sem consentimento prévio — ainda que a empresa mostre um aviso antes de abrir a câmera. Nesses Estados, os cidadãos podem processar companhias ou permitir que procuradores processem empresas por suspeita de invasão de privacidade.

Comparando imagens

O banco de dados de retratos do Google conta com mais de 1.600 retratos — aí tem de tudo um pouco: de pinturas clássicas a obras de arte contemporânea — 500 desses são de obras de museus brasileiros.

O recurso pode parecer bobo, mas para a empresa o valor dele é deixar a tecnologia apresentar a arte às pessoas de forma lúdica. Aliás, essa é um pouco a missão do Arts & Culture, a divisão do Google sem fins lucrativos responsável por usar ferramentas de tecnologia para compartilhar conteúdos artísticos — de arte clássica a street art, como o mural dO’s Gêmeos no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Logo que o recurso foi liberado nos Estados Unidos no início do ano, um monte de gente publicou os resultados nas redes sociais com elogios ou reclamações do resultado da ferramenta. No meu caso, o melhor resultado foi uma pintura da artista Betsy Graves Reyneau, que pintou o ator norte-americano Paul Robeson, que foi o primeiro ator negro a interpretar o personagem Otelo, da obra de William Shakespere. Minha mãe disse que se parece, então, por mim, tudo bem.

As outras imagens eram um pouco esquisitas. A mais estranha foi a correspondência da minha foto com uma pintura da artista norueguesa Anna Berg chamado “The portrait of Christian Berg”, que minha mãe não achou que não tem nada a ver comigo.

De qualquer jeito, o recurso está aí disponível e pode ser divertido testar em si e com os amigos. Quem sabe você não descobre um clone ou alguém muito parecido com você no acervo de retratos da companhia.

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