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As invenções de “Futurama” que pareciam loucas, mas se tornaram reais

Ainda não podemos viajar pelo universo à bordo de naves espaciais, nem temos robôs tão divertidos quanto Bender. Mas várias coisas que apareceram na série já estão entre nós. Veja mais

Imagem: Fox/Reprodução

Criada por Matt Groening, que também fez “Os Simpsons”, “Futurama” mostrou ao longo de suas sete temporadas as mais inusitadas invenções que os roteiristas imaginavam que poderiam existir no futuro. Pode parecer loucura, mas muitas dessas coisas — que são um tanto bizarras, e, a princípio, só poderiam existir em uma série de comédia — já existem no mundo real.

Ainda não podemos viajar por todo o universo com naves espaciais, não descobrimos vida inteligente em outros planetas e não temos robôs tão divertidos quanto Bender. Mas várias coisas que apareceram na série já estão entre nós. Veja abaixo.

Tubos de transporte

Uma dos mais icônicos elementos de Futurama são os tubos de transporte. Como o nome sugere, levam pessoas de um lugar para o outro e estão espalhados por toda a cidade. Basta chegar à porta do tubo e dizer o endereço desejado para ser sugado.

Por incrível que pareça, uma tecnologia parecida já existe. Mas com uma pequena diferença: esses tubos não transportam humanos, e sim peixes. O tubo funciona perfeitamente, e sua principal função é ajudar os salmões a evitarem barragens.

Um meio que funcione exatamente como o da série é muito difícil de existir em razão de uma série de desafios físicos e mecânicos que ainda não foram superados. Mas tem quem ache uma boa ideia ter algo do tipo transportando gente. Pensou em Elon Musk? Sim, é ele mesmo.

O bilionário sul-africano já revelou a pretensão de criar um tubo de transporte que conecta São Francisco a Los Angeles. A ideia é utilizar uma cápsula que se move em altíssima velocidade e que tenha capacidade para transportar até 28 passageiros por vez. A ideia é utilizar força magnética para evitar atrito, uma tecnologia parecida com os trens-bala japoneses.

Cabine de eutanásia

O humor bem particular da série aparece principalmente no trato que Futurama dá a assuntos pesados — como a morte assistida, por exemplo. Uma das invenções mais polêmicas presentes no desenho é a cabine de suícidio — que serve para isso mesmo que você está pensando: entrar e morrer. Para usar a máquina, personagens precisavam apenas pagar 25 centavos. Havia cabines espalhadas por toda a cidade, como mostra o trecho abaixo.

Sim, a cabine de suicídio também já existe. Ela pode ser contratada na Suíça — país que não possui obstáculos legais para práticas do tipo. Além disso, a eutanásia é regulamentada no país europeu, mas é acompanhada por especialistas e profissionais de saúde. A cabine, chamada de Sarco, não necessita do acompanhamento de profissionais, sendo necessário apenas um usuário para operar a máquina — que garante uma morte indolor.

Headset de realidade virtual

É até difícil imaginar que Futurama, uma série que teve seu primeiro episódio transmitido em 1999, pudesse abordar a temática de realidade virtual com tamanha maestria. Um dos episódios da série mostra os personagens Fry e Amy jogando uma versão de um jogo que já era em realidade virtual.

A piada, que pode parecer meio sem sentido, já mostrava o quão ligadas as pessoas ficariam ao mundo digital. Hoje já existe uma grande variedade de dispositivos de realidade virtual, alguns jogos exclusivos para esses dispositivos e uma promessa cada vez mais sólida de metaverso — onde ficaremos ainda mais conectados ao ambiente virtual.

Meta, Microsoft, Epic Games e Nvidia são só algumas empresas que estão investindo muito para sair na frente e trazer à realidade o conceito de metaverso, um ambiente onde será possível encontrar amigos, jogar e ter reuniões de trabalho. Tudo isso utilizando um headset de realidade virtual.

O Facebook mudou o nome da marca para Meta para reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento da tecnologia (ou para tentar amenizar a crise de imagem). Algumas lojas já possuem filiais dentro desse universo virtual e Barbados, terra natal da estrela pop Rihanna, é o primeiro país a ter uma embaixada no metaverso — algo que 20 anos atrás bem que poderia ter saído de um episódio de Futurama.

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