CEO da Riot Games é acusado de assédio moral e sexual

Sharon O'Donnell, ex-assistente executiva da empresa, afirma que Nicolo Laurent enviava mensagens sugestivas e fazia propostas com teor sexual no trabalho.
Imagem: Reprodução/Riot Games

De acordo com os sites Daily Esports e Vice, o CEO da Riot Games, Nicolo Laurent, está sendo processado por assédio sexual e discriminação de gênero. As denúncias foram feitas pela ex-assistente executiva da empresa, Sharon O’Donnell, que foi demitida em julho do ano passado, conforme escrito no processo aberto em janeiro deste ano no Tribunal Superior do Estado da Califórnia, no condado de Los Angeles.

Segundo as informações encontradas no documento, O’Donnell e outras funcionárias sofriam constantes situações de assédio, inclusive com teor sexual e com avanços inoportunos, como convidá-la para ir à sua casa sem o conhecimento de sua esposa. Toda esta situação as deixaram complemente desconfortável. Segundo o documento, ao ameaçar denunciar Laurent, a executiva foi demitida, sem receber pelas horas em que trabalhou, incluindo horas extras.

Um porta-voz da Riot Games disse à Vice que estão sendo investigadas as acusações “Neste caso, como algumas das reivindicações se referem a um líder executivo, um comitê especial de nosso Conselho de Administração está supervisionando a investigação, que está sendo conduzida por um escritório de advocacia externo. Nosso CEO prometeu total cooperação e apoio durante este processo e estamos empenhados em garantir que todas as reclamações sejam totalmente exploradas e devidamente resolvidas.”

A Riot Games disse ainda que “a funcionária foi demitida da empresa após múltiplas queixas documentadas por várias pessoas”.

No entanto, é não é a primeira nem a segunda vez que a Riot Games é acusada de sexismo. Em 2018, o Kotaku publicou um artigo expondo a cultura sexista da companhia, com depoimentos de empregados e clientes, como o caso de três mulheres que recebiam em seus emails fotos de genitálias masculina de chefes ou colegas. “É dolorosamente real. É como trabalhar em uma fraternidade gigante”, revelou uma delas.

Outros dois grandes casos, de 2019, também vieram a público, mas se encerraram com acordos entre as partes. Ainda assim, a Riot Games parece não apresentar nenhuma solução estrutural para evitar novas vítimas.

[Washington Post]

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