Astronautas realizam caminhada espacial para consertar um experimento crucial de matéria escura

Dupla de astronautas da NASA e da Agência Espacial Europeia estão dando um passeio espacial para consertar um experimento importante de matéria escura.
Uma imagem gerada por computador do AMS no ISS. Imagem: NASA/JSC

Os astronautas Andrew Morgan, da NASA, e Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia, estão fora da Estação Espacial Internacional (ISS). A dupla está dando um passeio espacial para consertar um experimento importante de matéria escura. Você pode assistir (e reassistir) o progresso deles aqui.

Caminhadas espaciais acontecem regularmente (houve um histórico no mês passado) , mas nesta sexta-feira (15) está acontecendo a missão de manutenção mais complexa desde a missão de reparo do Hubble, de acordo com a NASA. O último reparo do Hubble ocorreu há uma década. Os astronautas estão trabalhando para consertar um experimento empolgante na caça à matéria escura, o material que compõe a maior parte da massa do universo, mas que só foi observado indiretamente. Após uma década de desenvolvimento, o espectrômetro magnético alfa (AMS) foi trazido para a ISS no penúltimo voo do ônibus espacial em 2011.

O AMS é um controverso detector de partículas a bordo da ISS que mede as partículas de alta energia que irradiam através do espaço chamadas raios cósmicos. Ele é mais famoso por ser um dos vários experimentos que detectaram um excesso no parceiro antimatéria do elétron, chamado pósitron. Até hoje, não está completamente claro de onde vêm esses pósitrons extras nos raios cósmicos – talvez tenham se originado em uma estrela próxima de nêutrons ou talvez sejam o sinal de algo mais exótico, como a matéria escura. Espera-se que pesquisas usando dados do AMS também verifiquem uma queda estranha na antimatéria de alta energia observada pelo satélite chinês DAMPE.

O AMS também está em busca de antimatéria, principalmente ligadas aos núcleos de hélio. Os raios cósmicos não podem produzir esses núcleos, o que significa que eles teriam nascido em algum outro lugar do universo, talvez em uma galáxia feita principalmente de antimatéria. Muitos são céticos quanto à existência dessas áreas no universo, relata a Science.

Devido a todo o trabalho que o AMS já realizou, ele também está em estado crítico. Três das quatro bombas de refrigeração falharam. A caminhada espacial desta sexta-feira faz parte de uma série (pode haver quatro ou cinco) para substituir as bombas e reabastecer o líquido de refrigeração. Se esses reparos falharem, pelo menos o experimento terá expandido o conhecimento dos cientistas sobre os raios cósmicos e como eles funcionam.

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