
Astrônomo confunde carro da Tesla com um asteroide
Astrônomos pagaram um mico ao anunciar (por engano) os restos do carro Roadster, da Tesla, como um novo asteroide no Sistema Solar.
Vale lembrar que, em 2018, no primeiro voo do foguete Falcon Heavy, a SpaceX enviou em direção à Marte o carro da Tesla ao espaço, se tornando um “satélite” artificial do Sol. O modelo de 2010 era o carro pessoal de Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX. Aliás, o carro levava um manequim em traje espacial — chamado “Starman”, em homenagem à canção de David Bowie — ocupando o banco do motorista.
No dia 2 de janeiro, o MPC (Centro de Planetas Menores), órgão da UAI (União Astronômica Internacional), adicionou um novo objeto à lista de asteroides próximos à Terra. Um astrônomo amador da Turquia, que batizou o carro como o asteroide 2018 CN41, identificou o objeto espacial através de dados disponíveis publicamente.
Contudo, em menos de 24 horas, o MPC publicou uma nota descartando a descoberta após o cientista cidadão perceber que confundiu o carro da Tesla com um asteroide.
Aliás, na última semana, o lançamento do carro da Tesla completou sete anos, mas ainda continua vagando (em partes) pelo espaço. Veja por onde anda o carro da Tesla lançado ao espaço.
Vale destacar que, após tanto tempo exposto à radiação solar, o carro deve estar praticamente irreconhecível. Reveja a live do carro da Tesla no espaço:
Outros enganos
Além do carro da Tesla, o MPC já listou como asteroide a nave Rosetta, da ESA, e a sonda Lucy. Aliás, esse tipo de confusão pode aumentar conforme mais objetos são lançados ao espaço.
Tais erros de identificação, por sua vez, podem ocasionar em mais alarmes falsos, que podem virar um grande problema. Em entrevista ao portal Astronomy.com, Jonathan McDowell, astrônomo da Universidade de Harvard, ressalta os riscos desses erros.
“O pior cenário possível é aquele em que você gasta um bilhão de dólares no lançamento de uma sonda espacial para estudar um asteroide e [apenas quando chegar ao espaço] perceber que não é um asteroide”, disse o astrônomo.