
Astrônomos registram ondas de rádio vindas do espaço — e não sabem a origem

Ao estudar um estranho objeto nas profundezas da Via Láctea, astrônomos identificaram raios-x vindo da mesma fonte que emite ondas de rádio, mas a origem continua um mistério.
A cada 44 minutos e 12 segundos, um flash de ondas de rádio surge de um ponto ao sul da constelação de Escudo, a cerca de 15 mil anos-luz da Terra, a meio caminho do buraco supermassivo da nossa galáxia.
Uma equipe internacional de astrônomos publicou um estudo no final de maio sobre este objeto celeste. Conforme a pesquisa, o objeto que emite ondas de raio pode ser uma estrela (ou qualquer outra coisa).
Mas o fato é: o objeto emite raios-x e ondas de rádio simultaneamente, além do ciclo exato de atividade.
Ondas de rádio classificam objeto como diferente de qualquer outro
A correlação entre os padrões de emissão de ondas de rádio levaram os autores a caracterizá-lo como “um objeto galáctico diferente de qualquer outro”. Aliás, astrônomos australianos descobriram o misterioso objeto há mais de um ano, usando o telescópio Pathfinder SKA. O telescópio batizou o objeto, que, segundo o estudo, chama-se ASKAP J12832–0911.
Ainda de acordo com o estudo, os astrônomos identificaram que o objeto a emissão em fevereiro de 2024, quando o Observatório Chandra, observou a região.
Com os dados do observatório da NASA, os astrônomos descobriram que a energia da radiação indicam que o objeto é bem mais poderoso do que se pensava.
Mas as emissões regulares e lentas das ondas descartam a possibilidade de que o objeto seja um pulsar, que emite raios mais frequentes. Além disso, as ondas de rádio são bastante polarizadas de maneira circular, reforçando a hipótese de um campo magnético intenso.
Pelo tamanho, os cientistas acreditam que o objeto possa ser um remanescente estelar. Mas, no estudo, eles não conseguem cravar se é uma anã branca, um buraco negro ou uma estrela de nêutrons.
Para descobrir o que é objeto e como ele emite ondas de rádio e raios-x ao mesmo tempo, bem como sua origem, os astrônomos precisam de mais observações.