Austrália desenvolve arma a laser que supera blindagem de tanques de guerra
A empresa de defesa inglesa QinetiQ, acaba de receber a quantia de US$ 12,9 milhões (R$ 64,5 milhões, em conversão direta) para desenvolver uma arma a laser capaz de destruir tanques de guerra. O projeto foi encomendado pelo Departamento de Defesa da Austrália.
O novo laser faz parte do interesse da Austrália em criar armas que utilizam energia dirigida para enfrentar inimigos. Na prática, elas querem usar feixes de laser invisíveis para aquecer e danificar alvos, sem o uso de qualquer tipo de munição.
Tal projeto permite operações de longo prazo, usando fontes de energia renováveis, e sendo algo mais econômico do que disparar tiros com armas convencionais. Porém, o custo inicial de desenvolvimento dessa nova tecnologia é alto.
Austrália se prepara para combates futuros
Para destruir tanques usando uma arma a laser, a Austrália tem um plano audacioso.
Em julho de 2020, o Departamento de Defesa da Austrália divulgou sua “Atualização da Estratégia de Defesa”. O plano explica os conflitos que a Austrália pode enfrentar e quais armas e veículos o seu exército precisa comprar. Ele também analisa as compras e os objetivos militares para o futuro.
A seção de “Apoio ao Combate Terrestre” da estratégia planeja criar um laser com capacidade para destruir tanques. Os veículos blindados e protegidos das Forças de Defesa Australianas usarão esse laser, e deverão derrotar veículos blindados, incluindo tanques de batalha principais.
Contudo, usar um laser para penetrar na blindagem de um tanque é uma tarefa difícil. A blindagem de tanque é feita normalmente de pelo menos 600 mm de espessura de aço. Além disso, é possível reforçar essa blindagem com placas reativas que explodem para fora, em resposta ao impacto de projéteis explosivos.
Para superar esses obstáculos, o novo laser da Austrália terá que ser muito potente e preciso. Ele terá que focar o feixe em um ponto específico da blindagem por tempo suficiente para causar danos significativos. Ele também terá que lidar com fatores ambientais, como poeira, fumaça e névoa, que podem dispersar ou refletir o feixe.