Aviões de guerra sem pilotos a bordo: máquinas de matar com mais ética?

É comum ouvir que veículos aéreos não-tripulados (VANT, ou UAV na sigla em inglês) afetaram a guerra moderna “transformando a guerra num videogame” ou “criando robôs sem alma”, porque eles não promovem qualquer conexão humana entre combatente e vítima. William Saletan argumenta o contrário, baseado em alguns relatórios: “um piloto de UAV pode pensar com […]

É comum ouvir que veículos aéreos não-tripulados (VANT, ou UAV na sigla em inglês) afetaram a guerra moderna “transformando a guerra num videogame” ou “criando robôs sem alma”, porque eles não promovem qualquer conexão humana entre combatente e vítima. William Saletan argumenta o contrário, baseado em alguns relatórios: “um piloto de UAV pode pensar com mais clareza e por um período maior antes de atirar”.

É uma forma interessante de se considerar a guerra com UAVs: você percebe mais do que está acontecendo em terra firme, graças aos sensores avançados do UAV, períodos relativamente longos de observação e modelos de computador mostrando os potenciais efeitos de atirar. Além disso, os pilotos do UAV estão sentados bem, bem longe, num ambiente bem menos estressante que uma cabine de piloto de um jato, então eles podem tomar decisões melhores. E mais: há cerca de 180 pessoas envolvidas em cada missão de UAV, então há várias pessoas decidindo atirar ou não.

O principal, segundo Saletan, é garantir que o nível de observação humana não seja substituído – se isso acontecesse, aí sim os UAVs virariam robôs assassinos e sem alma que as pessoas tanto temem. [Slate]

Fotos por UK Ministry of DefenceU.S. Pacific Fleet/Flickr

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